N o Estado do Paraná, o tomate é a segunda hortaliça mais consumida (0,83 kg per capita.mês -1 de tomate in natura) (SEAB/SEBRAE, 2001), e a produção anual chega a 138 mil t, representando 6% da produção de hortaliças no estado.Por sua representatividade, o tomate é uma das hortaliças que possui normas de classificação determinadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuá-ria e Abastecimento (MAPA), de acordo com a portaria n o. 553/95 (Brasil, 1995) e pela proposta no Anexo XVII da Portaria SARC n o. 085/02 do MAPA (Brasil, 2002 A falta de classificação pode ser reflexo da ausência de assistência técnica e tecnologia no campo, resultando em baixa qualidade do produto e posterior incapacidade de enquadramento nas normas de classificação estabelecidas na legislação. Assim, estas normas encontram diversos problemas para o seu cumprimento, que não se restringem apenas ao ato de serem efetuadas pelos atacadistas e produtores. Seu desconhecimento, a forma como são apresentadas aos atacadistas e produtores (o que muitas vezes os desestimula a seguí-las) e os problemas no processo produtivo são os entraves encontrados.Este trabalho teve como objetivo identificar a classificação efetivamente utilizada para o tomate pelos atacadistas e produtores e porque não adotam as normas de classificação estabelecidas na legislação. É objetivo ainda deste trabalho propor sugestões para adequação das normas legais à realidade da produção e comercialização de tomate. RESUMOIdentificou-se o sistema efetivamente utilizado para classificação do tomate para mesa por atacadistas e produtores em Curitiba. Verificou-se também por que não são adotadas as normas legais de classificação. Foram entrevistados 11 atacadistas e 31 produtores de tomate que comercializam sua produção na CEASA Curitiba. Outros dois produtores foram entrevistados em suas propriedades e acompanhados desde a produção até a comercialização. Após tabulação dos dados calculou-se a porcentagem de entrevistados enquadrados em cada questão, em relação ao número total de entrevistados. Constatou-se que há mais de uma linguagem de classificação no mercado e embora não haja padrões de classificação, essas linguagens são compreendidas no momento da comercialização. Para os atacadistas da CEASA Curitiba, a classificação do tomate baseiase nas cores e nos tamanhos dos frutos. Os frutos podem ser verdes, coloridos (ou pintados) ou vermelhos (ou maduros) e apresentar tamanho Extra 3A ou boca 5 (diâmetro maior que 7,5 cm), Extra 2A ou bocas 6 ou 7 (diâmetro entre 6,2 e 7,5 cm), Extra 1A ou bocas 8 ou 9 (diâmetro entre 4,8 e 6,2 cm). Os frutos Extra 2A (médios) são os mais freqüentes no comércio. Já a maioria dos produtores classifica os frutos em graúdos, médios e miúdos, em uma clara correspondência com a classificação adotada pelos atacadistas. Ambos os sistemas de classificação diferem do oficial que, segundo a maioria de atacadistas e produtores, é difícil de aplicar, encareceria o produto final e levaria a um aumento considerável do volume de frutos a serem descartados. Por esses m...
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