A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência define pessoas com deficiência como “aquelas que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que podem obstruir a participação plena e efetiva na sociedade”. Tal situação não as impedem de viver a sexualidade, uma vez que esta é vivenciada em seu cotidiano, por meio de suas percepções, fantasias, desejos, relações, atitudes e comportamentos. Contudo, se a sexualidade já é vivenciada com certo tabu, quando esta questão liga temas ‘sexualidade’ e ‘deficiência’, observa-se uma negação desta realidade, o que acarreta grande prejuízo aos indivíduos com deficiência. Método: Foi realizada uma revisão de literatura, em livros e artigos científicos, publicados em bases de dados eletrônicas, por meio da utilização dos descritores: sexualidade; educação sexual; deficiência e necessidades especiais. Resultados: Por meio da revisão de literatura, observa-se que as pessoas com deficiência têm desejos de experimentar o novo e vivenciar a sexualidade de forma segura e consciente. Contudo, a negação deste fato, acarreta a negação deste direito pela sua família e/ou pela sociedade em geral, dificultando e/ou impedindo o acesso à educação sexual, bem como as colocando-as em situações de risco social. Conclusões: A instrução aos pais de pessoas com deficiência diante das questões relacionada à sexualidade assegura a transmissão de conhecimento científico, que possibilita uma abordagem direta, clara e verdadeira de assuntos inerentes a condição humana das pessoas com deficiência, que têm a oportunidade de vivenciar a sexualidade de forma segura, consciente e autônoma.
As políticas públicas de saúde para transexuais e travestis, no Brasil, têm sido marcadas pela precariedade e falta de acesso aos serviços públicos de saúde. Nesse sentido, esta pesquisa buscou analisar se as políticas públicas de saúde para travestis e transexuais têm proporcionado um aumento ou uma redução da vulnerabilidade ao adoecimento dessas pessoas. Para tanto, realizou-se uma pesquisa qualitativa com profissionais da saúde de uma cidade da região Sul do Brasil. Observou-se que as normas regulatórias de gênero incidem na prática das políticas e no atendimento às pessoas travestis e transexuais, dificultando seu acesso aos serviços públicos de saúde e as colocando em situação de vulnerabilidade ao adoecimento.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a disfunção sexual como um problema de saúde pública devido às significativas alterações e perdas que pode causar na qualidade de vida (WHO, 2002; WHOQOL GROUP, 1994). Esta pesquisa teve como objetivo verificar a prevalência de disfunções sexuais femininas em unidades de saúde de Curitiba. Como método foram utilizados uma anamnese clínica e sociodemográfica e o questionário Índice de Função Sexual Feminina (IFSF). Foram entrevistadas cem mulheres de quatro unidades de saúde. Para análise dos dados foi utilizado o programa Excel com análises estatísticas e de comparação. Como resultado encontrou-se prevalência de 36,8% de disfunções sexuais e de 49% de dificuldades sexuais, sendo que a média do score do IFSF foi de 26,56, valor próximo à nota de corte (26,55). Os dados mostram que a dificuldade sexual mais prevalente foi relacionada ao desejo sexual. Verificou-se que existe relação de disfunções sexuais com idade e menopausa. O presente estudo constatou, ainda, o desconhecimento acerca da sexualidade e sobre disfunções sexuais na amostra estudada, principalmente frente a questão de tabus que permeiam a sexualidade. A partir do estudo, conclui-se significativa prevalência de disfunções e dificuldades sexuais em mulheres atendidas em unidades básicas de saúde de Curitiba, demonstrando o quão importante é o trabalho de educação em sexualidade e intervenções clínicas para redução das queixas sexuais - especialmente na saúde pública.
Estarão as(os/es) psicólogas(os/es) preparados para o atendimento de pessoas trans? O presente estudo qualitativo objetivou averiguar se houve a transmissão de informações sobre a temática da transexualidade na formação acadêmica de psicólogas(os/es) brasileiros(as/es). Através de formulário online, foram obtidas cento e trinta e três respostas de psicólogas(os) voluntárias(os) das cinco regiões do país, que demonstram que pouco se aborda sobre a temática da transexualidade na formação em Psicologia, ainda que nos últimos anos tenha havido espaços para a transmissão e aquisição de conhecimentos sobre temáticas das sexualidades, gêneros e transexualidade nos cursos em Psicologia.
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