As plantas denominadas esponjinhas ou caliandras pertencem à família Fabaceae, subfamília Mimosoidae, e apresentaminflorescências de aspecto exótico com grande quantidade de estames coloridos. Este trabalho teve por objetivo estudar o enraizamento de estacas caulinares de Calliandra selloi (com estames rosa e estames brancos) e de C. tweediei (com estames vermelhos) pela aplicação de ácido naftalenoacético (ANA), e plantadas em dois substratos. As estacas foram confeccionadas a partir de ramos semilenhosos de plantas matrizes oriundas dos jardins do Centro Politécnico, UFPR, Curitiba–PR, com 8cm de comprimento e quatro folíolos na porção apical, mantidas em casa-de-vegetação climatizada (25o C ± 2o C, 95% UR). Foram realizados dois experimentos utilizando estas espécies:no primeiro, testou-se o efeito de diferentes substratos (vermiculita e casca de arroz carbonizada) e, no segundo, as bases das estacas foram imersas em soluções com diferentes concentrações de ANA (0, 1.500 e 3.000 mg.L-1) por 10 segundos, com posterior plantio em tubetes contendo casca de arroz carbonizada e vermiculita. Após 60 dias foram avaliadas as variáveis: porcentagem de estacas enraizadas, com calos, vivas, mortas, comprimento e número de raízes formadas por estaca. A análise estatística revelou que não houve interação entre os fatores (substratos x espécies e concentrações de ANA x espécies), tendo a casca de arroz carbonizada se destacado como o melhor substrato quanto à porcentagem de enraizamento (C. selloi rosa – 90,00%, C. selloi branca – 73,34% e C. tweediei vermelha – 11,67%). A aplicação de diferentes concentrações de ANA não apresentou diferença significativa na promoção do enraizamento.
Ficus benjamina L. (Moraceae) tem sido muito utilizada para ornamentação devido suas folhas serem perenes e brilhantes e por ser adaptável em ambientes internos com pouca iluminação. Como a principal forma de reprodução deste gênero é a propagação vegetativa, este trabalho teve como objetivo verificar o efeito de diferentes concentrações de ácido naftaleno acético (ANA) no enraizamento de estacas caulinares e de gema com folha de F. benjamina. Os experimentos foram realizados na UFPR em Curitiba – PR, entre abril e junho de 2005, com estacas caulinares confeccionadas com 10 cm de comprimento, contendo duas folhas apicais e estacas de gema com folha de 1 cm do caule contendo uma gema e uma folha inteira. As estacas, submetidas a tratamento com ANA nas concentrações de 500 e 1000 mg L-1 por 10 segundos e testemunha, foram plantadas em tubetes contendo vermiculita, e mantidas em casa-de-vegetação durante 56 dias. Avaliaram-se as porcentagens de estacas enraizadas, com calos, vivas e mortas, número e comprimento médio das raízes. Para estacas caulinares houve diferença estatística nas variáveis estacas enraizadas e comprimento médio de raiz, e para estacas de gema com folha, houve diferença significativa apenas no parâmetro comprimento de raiz. Assim para estacas caulinares sugere-se o uso de 500 mg L-1 de ANA, enquanto que para estacas de gema com folhas não é necessária a aplicação deste fitorregulador.
O jasmim-amarelo (Jasminum mesnyi Hance), pertencente à família Oleaceae, é um arbusto semi-herbáceo, cujas flores, amarelas e bastante perfumadas, aparecem em abundância na primavera. Em razão do potencial ornamental da espécie esse trabalho objetivou avaliar a melhor concentração de ácido indolbutírico (AIB) para a indução do enraizamento de estacas herbáceas de jasmim-amarelo. As estacas foram confeccionadas com aproximadamente 5cm de comprimento e 2 folhas apicais, sendo desinfestadas numa solução de hipoclorito de sódio (0,5%) por 15 minutos. Em seguida, nas bases das estacas foram aplicadas diferentes concentrações de AIB na forma de talco, conforme os seguintes tratamentos 0, 1000 e 2000 mg Kg-1. As estacas foram plantadas em tubetes contendo vermiculita de granulometria média e acondicionadas em casa de vegetação (24°C ± 2°C,, UR= 90%) do Setor de Ciências Biológicas da UFPR, no verão. Após 48 dias constatou-se que houve um elevado número de estacas enraizadas de jasmim-amarelo (90 a 95,7%). Para variável comprimento médio das raízes por estaca, os tratamentos com AIB estimularam o crescimento das raízes diferindo estatisticamente do tratamento controle. Com base nos resultados encontrados, conclui-se que o jasmim-amarelo é uma espécie que apresenta uma elevada capacidade de enraizamento, com taxas acima de 90% no verão, podendo ser considerada de fácil enraizamento.
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