ResumoO presente artigo argumenta que elementos da abordagem da complexidade, recentemente aplicada à economia, já estavam presentes na obra de Keynes e destaca a fecundidade de uma interação entre elas. A abordagem da complexidade tem como uma idéia central a de que as ações individuais promovem conseqüências não intencionais como resultado de um processo de auto-organização, permitindo o funcionamento do sistema. Keynes explorou tal idéia, por exemplo, na elaboração do paradoxo da poupança, na análise da formação das expectativas e na incorporação do efeito multiplicador. Destaca-se que a complexidade do sistema econômico, segundo a perspectiva de Keynes, começa com a complexidade do ser humano. Por fim, sustenta-se que a visão de Keynes do sistema econômico como um organismo complexo teve a influência do filósofo G. E. Moore.
Palavras-chave:Keynes, John Maynard; Complexidade; Auto-organização.
Abstract
Keynes
Keynes KeynesKeynes' ' ' ' view of the economic system as a complex organic whole view of the economic system as a complex organic whole view of the economic system as a complex organic whole view of the economic system as a complex organic whole This paper claims that some elements of the complexity approach, which has been recently applied to economics, were already contained in Keynes' economics, and argues for the fecundity of an interaction between them. One of the central ideas of the complexity approach is that individual actions have unintended overall consequences as a result of a self-organization process, which allows the functioning of the system. Keynes played around with the idea of unintended consequences of individual actions, for instance, in the formulation of the paradox of parsimony, in the analysis of the expectations formation, and in the inclusion of the multiplier effect. It is argued that the complexity of the economy, from Keynes' perspective, is firstly related to the complexity of the human being. Also, it is suggested that Keynes' view of the economy as a complex organism was influenced by the philosopher G. E. Moore.
RESUMO O artigo objetiva reconciliar teoricamente a realidade atual das cadeias globais de valor no início do século XXI às lições dos pioneiros do Desenvolvimento sobre as possibilidades de desenvolvimento econômico via comércio internacional. Para tanto, realiza-se uma discussão teórica destacando algumas das principais ideias daqueles autores, visando,em seguida, revisitar o conceito de centro-periferia no contexto da divisão do trabalho atual a partir da análise dos dados do FMI, Banco Mundial,e TIVA/OECD. Conclui-se que a divisão centro/periferia permanece, porém remodelada: ainda há uma expressiva diferença de renda entre os países ricos e os demais, que coincide com as discrepâncias na complexidade das exportações, nas estruturas do emprego e, finalmente, mas não menos importante, na produtividade agrícola.
This thesis presents as main question why Brazil, even having developed its industrial park and having achieved high rates of growth between 1930 and 1980, was unable to escape from the trap of economic underdevelopment. In order to list some ways that could potentially enrich the thinking and the understanding of the question, this inquiry is based on the perspective of Complexity thinking combined with the resumption of theoretical contributions of some authors known as economic development pioneers. Thus, the core of this thesis lies in the perspective by which accomplishes the theme discussion, not in the theme itself, which was and is being widely discussed by the literature. The aim is the achievement of some theoretical considerations and discussions about Brazilian experience in the period, always keeping in mind the Complexity thinking and its potential contribution to broaden the theme comprehension.
Resumo
PAlAvRAs-chAve sistema mundial, fatores internos, poder, desenvolvimentoKeywoRds world system, internal features, power, development
Jel clAssificAtion O57 As autoras agradecem os comentários do Prof. José Luiz Fiori e do parecerista anônimo que contribuiu deveras para a melhoria do artigo.
Mestre em Economia pelo IE-UFRJ e Doutoranda em Economia da Indústria e da Tecnologia pelo IE-UFRJ. Endereço para contato: Av. Pasteur, 250, sala 110 -palácio universitário, IE/UFRJ -Campus da Praia Vermelha -Urca -Rio de Janeiro -RJ.
No artigo proposto, as autoras defendem que o mito da globalização a respeito de um mundo sem fronteiras, com convergência econômica e sem confli-tos, é improvável quando se consideram criticamente a própria origem e o funcionamento do impulso globalizante e das relações de poder e riqueza que estão no seio do sistema mundial. Essas relações perpetuam antigas formas de subordinação, as quais aprofundam as contradições do sistema capitalista, destacadamente, a tendência de desigualdade entre classes e nações. Defende-se que é preciso considerar a experiência histórica e as especificidades institucionais, econômicas e políticas dos países para compreender a interação entre os determinantes externos e internos das diferentes trajetórias de desenvolvimento e as suas vias de superação dos efeitos adversos da globalização.
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