ObjectiveEstimate the prevalence of psychotropic drugs use in the city of Rio de Janeiro, Brazil, and establish its relationship with the presence of mental disorders.MethodsA probabilistic sample of non-institutionalized individuals, from the general population of Rio de Janeiro (n = 1208;turn out:81%), 15 years or older, who were interviewed using the Composite International Diagnostic Interview 2.1 (depression, anxiety-phobia, OCD\PTSD, alcoholism sections), and asked about their psychotropic use during a 12 and one-month period before the interview. Data were collected between June/2007-February/2008.The prevalence was estimated with a confidence interval of 95%. The associations between psychotropics use and mental disorders were analyzed through a logistic regression model (Odds Ration – OR).ResultsThe one-month prevalence of psychotropic drug use was 6.55%, 3.19% for men and 9.13% for women. Antidepressants were the most frequently used drug (2.78%), followed by anorectics (1.65%), tranquilizers (1.61%) and mood stabilizers (1.23%). General practitioners issued the highest number of prescriptions (46.3%), followed by psychiatrists (29.3%); 86.6% of the psychotropic drugs used were paid for by the patient himself. Individuals with increased likelihood of using psychotropic drugs were those that had received a psychiatric diagnosis during a one-month period before the study (OR:3.93), females (OR:1.82), separated/divorced (OR:2.23), of increased age (OR:1.03), with higher income (OR:2.96), and family history of mental disorder (OR:2.59); only 16% of the individuals with a current DSM IV diagnosis were using a psychotropic drug; 17% among individuals with a depression-related diagnosis and 8% with Phobic Anxiety Disorders-related diagnosis used psychotropics.ConclusionApproximately 84% of individuals displaying some mental disorder did not use psychotropic drugs, which indicates an important gap between demand and access to treatment. A significant failure is evident in the health system for patients with mental disorders; this could be due to health workers' inability to recognize mental disorders among individuals.
Este trabalho tem por objetivo revisar os modelos de prevenção do uso indevido de drogas em ambiente escolar, relacionando-os aos conceitos de "promoção de saúde" e "escola promotora de saúde", e propor um modelo de intervenção. Os modelos de intervenção são múltiplos, os resultados provenientes das avaliações de impacto são modestos. As abordagens preventivas mais promissoras ampliam o campo de intervenções para o ambiente físico e social, enfocando a saúde como um todo, aproximando-se do conceito de promoção de saúde. A aplicação deste no âmbito escolar resultou no conceito de escola promotora de saúde. Esta pode ser definida como a escola com políticas, procedimentos, atividades e estrutura que resultem na proteção e promoção à saúde e ao bem-estar de todos os membros da comunidade escolar. A proposta da "redução de danos", pensada como estratégia de prevenção, converge para a da escola promotora de saúde, e neste sentido propomos ações de promoção de saúde pautadas por: objetivos amplos e escalonados; ruptura com o maniqueísmo; ações inclusivas; parcerias intersetoriais; incentivo à autonomia dos alunos; abordagem do indivíduo em toda a sua complexidade. Esta proposta amplia a abrangência da intervenção para todos os alunos, independentemente se estes já experimentaram, já fizeram ou fazem algum uso de substâncias psicoativas.
INTRODUÇÃOSão cada vez mais frequentes discussões sobre a relação mé-dico-paciente e as consequências de um bom ou mau atendimento por parte de um profissional da saúde. O profissionalismo é um traço essencial para os médicos, sendo reconhecido como uma competência importante para os alunos de Medicina 1 . Além disso, o profissionalismo é a base do contrato do médico com a sociedade. Isso requer colocar os interesses dos pacientes acima daqueles dos médicos, estabelecer e manter padrões de competência e integridade, e oferecer à sociedade informações especializadas sobre questões de saúde 2 . Dentre todos os fatores que envolvem o profissionalismo, vamos dar destaque à empatia, uma de suas características centrais.A palavra "empatia" é derivada do grego empatheia (em = dentro e pathos = sofrimento ou sentimento) e se refere à relação emocional entre o autor-cantor e seu público. Em sua conceituação moderna, é uma tradução do termo alemão einfühlung, introduzido no vocabulário da experiência estética para designar a relação entre a obra de arte e seu observador, que imaginativamente se projeta no objeto contemplado. O termo ganhou um significado dissociado da arte e mais próximo do âmbito da relação pessoal ao ser traduzido para o inglês por Titchener, com o nome de empathy, cujo significado era de que, por meio da imitação interior ou esforço mental, seria possível conhecer a consciência de outra pessoa 3,4,5 . Dessa forma, a empatia pode ser definida como uma disposição genuína de ser capaz de ouvir, compreender, compadecer-se através de deduções, de informações retidas na memória ou colocando-se no lugar do outro, prestando assim apoio a outro indivíduo, fazendo com que essa pessoa se sinta compreendida e validada 5,6 . Recentemente, os pesquisadores têm considerado a empatia como uma capacidade multidimensional que abrange componentes cognitivos, afetivos e comportamentais 7,8 . Falcone 7 , cujo modelo vamos utilizar, entende que a empatia "corresponde à capacidade de compreender, de forma acurada, bem como de compartilhar ou considerar sentimentos, necessidades e perspectivas de alguém, expressando este entendimento de tal maneira que a outra pessoa se sinta compreendida e validada". Tal definição considera a empatia como uma habilidade social que distingue as espécies humanas e não humanas, na medida em que somente nas primeiras são identificados aspectos tais como tomada de perspectiva, autoconsciência, consciência do outro, flexibilidade, reavaliação da emoção, além de expressão verbal e não verbal de entendimento.Na esfera das relações no campo da saúde, empatia é definida como um atributo com dimensões emocionais e cognitivas que possibilita uma compreensão das experiências interiores e da perspectiva do paciente como um indivíduo singular, somada à capacidade de comunicar esse entendimento ao paciente 9 . A profundidade da relação médico-paciente está vinculada a quatro elementos principais: conhecimento, confiança, lealdade e respeito 10 . No entanto, o dinamismo dos serviços de saúde e os avanços dos...
Situações relacionadas ao uso indevido de drogas nas escolas públicas da cidade de São PauloSituations related to drug misuse in public schools in the city of São Paulo, Brazil RESUMO OBJETIVO: Investigar situações, atitudes e comportamentos dos coordenadores pedagógicos das escolas municipais de ensino fundamental relacionados ao uso indevido de substâncias psicoativas. MÉTODOS:Estudo realizado na cidade de São Paulo, em 2002. As informações foram colhidas por meio de entrevista semi-estruturada, com oito informantes-chave locados em setor administrativo e com experiência de coordenação pedagógica. Foi realizada a análise qualitativa de conteúdo, com o referencial etnográfico. RESULTADOS:A idéia da transmissão de conhecimentos como base da prevenção permeia a maioria dos discursos, entretanto, os coordenadores relataram sentirem-se mal informados. As atitudes mais freqüentes frente ao usuário de drogas são de impotência e paralisia e algumas vezes, repressora. Elas são motivadas pelo desconhecimento e medo devido à associação entre usuário e marginalidade. Nas situações indiretamente associadas ao abuso de drogas (problemas familiares e de comportamento) foram relatadas atitudes mais compreensivas e inclusivas, compatível com práticas do paradigma da redução de danos. CONCLUSÕES:Uma capacitação teórica dos educadores para uma prática preventiva teria a função de ratificar aquela desenvolvida a partir da sua vivência na escola com as situações (in)diretamente associadas ao abuso de drogas. Conseqüentemente, os tornaria mais seguros nas suas intervenções de redução de danos ou risco com os usuários.DESCRITORES: Escolas, recursos humanos. Conhecimentos, atitudes e prática em saúde. Uso indevido de drogas, prevenção e controle. Educação em saúde. Pesquisa qualitativa.ABSTRACT OBJECTIVE: To explore situations, attitudes and behavior of public elementary school education supervisors concerning psychoactive substance misuse. METHODS:The study was carried out in the city of São Paulo, Southeastern Brazil, in 2002. Data were collected using a semi-structured questionnaire applied to eight key informants in the administrative area experienced in education supervision. Qualitative content analysis with ethnographic reference was conducted. RESULTS:Most discourses show that knowledge transmission is thought as essential for drug use prevention, though supervisors reported being ill-informed on this subject. The most frequent attitudes toward drug users are impotence and inability to act and sometimes a repressive attitude. These are motivated by misinformation and fear due to mistaken association of drug users and criminals. In situations indirectly related to drug abuse (family and behavior problems) more understanding and inclusive attitudes are reported, following the harm reduction paradigm. CONCLUSIONS:Theoretical capacity building of educators for preventive attitudes would support their skills developed through dealing with situations (in)directly related to drug abuse in schools. Thus, educators would feel more co...
Objective. To verify the association between violence and alcohol dependence syndrome in sample populations. Method. Population-wide survey with multistage probabilistic sample. 3,744 individuals of both genders, aged from 15 to 75 years, were interviewed from the cities of São Paulo and Rio de Janeiro using the Composite International Diagnostic Interview (CIDI 2.1). Results. In both cities, alcohol dependence was associated with the male gender, having suffered violence related to criminality, and having suffered familial violence. In both cities, urban violence, in more than 50% of cases, and familial violence, in more than 90% of cases, preceded alcohol dependence. The reoccurrence of traumatic events occurred in more than half of individuals dependent on alcohol. In São Paulo, having been diagnosed with PTSD is associated with violence revictimization (P = 0.014; Odds = 3.33). Conclusion. Alcohol dependence syndrome is complexly related to urban and familial violence in the general population. Violence frequently precedes alcoholism, but this relationship is dependent on residence and traumatic events. This vicious cycle contributes to perpetuating the high rates of alcoholism and violence in the cities. Politicians ordering the reduction of violence in the large metropolises can, potentially, reduce alcoholism and contribute to the break of this cycle.
ObjectiveTo analyze the association between drug (DAD) and alcohol (AAD) abuse and dependency and criminal and clinical background by gender of prisoners in São Paulo, Brazil.MethodCross-sectional study, random sample stratified by administrative district, from which prisons and prisoners were selected via random, multistage sampling. Psychiatric diagnoses were made with the CIDI 2.1. Lifetime prevalence and 95% CI were calculated and adjusted via analysis of complex samples. Multinomial logistic regression analysis was carried out with four categories of dependent variables: presence AAD; presence DAD; presence of another mental disorder; no mental disorders. For female alcohol and drug abuse and dependency (ADAD) were combined into a single category.ResultsThe sample was composed by 1809 interviewed prisoners (1192 men and 617 women). Prevalence of DAD and AAD was 25.2% and 15.6%, respectively, among female prisoners, and 26.5% and 18.5% among males. Male prisoners with DAD were more likely to have a criminal record as an adolescent (OR 2.17), to be a repeat offender (OR 2.85), and to have committed a property crime (OR 2.18). Prisoners with AAD were repeat offenders (OR 2.18). Among female prisoners, ADAD was associated with repeat offenses (OR 3.39), a criminal record as an adolescent (OR 9.24), a clinical or infectious condition (OR 5.09), another health problem (OR 3.04), and violent crime (OR 2.5).ConclusionThe study confirmed an association between drug-use disorders and the criminal and clinical background in the study population. Prisoners with such disorders were more likely to be repeat offenders and to have a criminal record as adolescents. Among female prisoners disorders were also associated with violent crime and health problems, while among males they were associated with property crime. These patterns in clinical and criminal backgrounds illustrate the need for social rehabilitation programs and specific medical treatment for prison populations.
the evaluated program has a positive effect on rehabilitation and school continuity of adolescents in social vulnerability, but individual characteristics, such as being studying already, play a dominant role in the adherence to the program.
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