OBJETIVOS: Caracterizar a ocorrência de sífilis congênita no estado de Alagoas segundo incidência, distribuição regional, perfil epidemiológico e fatores assistenciais das gestantes, e taxa de letalidade. MÉTODO: Estudo do tipo transversal e analítico, de todos os casos de sífilis congênita notificados no estado de Alagoas e contidos no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no período de 2007 a 2011. RESULTADOS: Foi encontrada uma incidência média anual de 4,58 casos/mil nascidos vivos, taxa muito além do preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), sendo a maioria destes, notificados na mesorregião Leste do estado. Dos casos notificados, a ocorrência foi maior (49,8%) no grupo de mulheres com idade entre 20 e 29 anos, e entre aquelas com baixo nível de escolaridade (60,0%). Foi observado elevado percentual (85%) de gestantes não tratadas ou inadequadamente tratadas para sífilis assim como de parceiros (65,8%). A realização de exames diagnósticos ocorreu em apenas 68,4% das gestantes. A taxa de letalidade no período foi de 10,2%. CONCLUSÃO: A partir deste estudo, fica clara a necessidade de uma maior atenção à doença no estado, com melhoria no sistema pré-natal e acesso ao diagnóstico e tratamento, principalmente entre as gestantes mais jovens e com baixa escolaridade.
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