Trabalho doméstico: intercruzamentos de opressões Domestic work: intersections of oppressions Trabajo doméstico: entrecruza de opresionesJuliana Cristina Teixeira é mãe, doutora em Administração e professora adjunta do Departamento de Administração do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da Universidade Federal do Espírito Santo. O seu livro é resultado das entrecruzadas histórias vivenciadas por ela, filha de trabalhadora doméstica, nascida no interior de Minas Gerais. O título, Trabalho doméstico, singulariza o tema central discutido ao longo dos cinco capítulos que constituem o corpo da obra. Observando o cotidiano das trabalhadoras domésticas, a autora registrou memórias, rotinas e hábitos que perduram até os dias atuais. Vale destacar que algumas observações e o percurso teórico delineado no volume resultam dos esforços empreendidos em sua tese de doutorado defendida no ano de 2015.Publicado pela Editora Jandaíra no ano de 2021, Trabalho doméstico completa a coleção Feminismos Plurais. A obra conta com um texto de apresentação assinado pela coordenadora da coleção, Djamila Ribeiro. Nos dois primeiros capítulos, "No centro, as trabalhadoras domésticas" e "Das escravizadas às trabalhadoras domésticas: uma história de ambiguidade" Juliana Cristina Teixeira (2021) contextualiza o reconhecimento do trabalho doméstico, nomenclatura oficial da atividade, como profissão, conquistada em 1972. Ademais, reflete sobre a maioria feminina nesse segmento e esclarece que muitas mulheres ainda são tratadas com a conotação simbólica de criada. Diante dessa noção, no interior dos lares que exercem suas funções, são temidas e, nos espaços urbanos, segregadas, especialmente devido ao receio de transmissão de doenças e maus costumes, o que reflete a ideia da pobreza como uma ameaça. Além disso, vivenciam costumeiramente condições de cárcere e escravização doméstica, reforçando um cenário de significativa informalidade e disparidades regionais. Abordar os significados históricos e culturais ligados a essa ocupação considera os sentidos envolvidos na prática contemporânea permeada por desigualdades, opressões e a intersecção
Objetivo: Buscou-se compreender como o item de higiene íntima coletor menstrual se relaciona com a construção da identidade das consumidoras.Método: Este trabalho é qualitativo, exploratório, e foi utilizado o método focus group, em dois momentos distintos, com quinze mulheres que possuíam idade, escolaridade e estado civil diversos. A análise de conteúdo foi usada para interpretação dos dados.Originalidade/Relevância: Este estudo se refere a como funciona o consumo do coletor menstrual no contexto contemporâneo e como as mudanças no consumo reforçaram a necessidade de contestação política, social e econômica.Resultados: O consumo do coletor menstrual vai além da busca por componentes racionais. A obtenção deste produto está relacionada a símbolos associados a preocupações ambientais, aspectos relacionados a saúde, autoconhecimento e autonomia. Além disso, este item é capaz de comunicar a identidade e transformar a realidade das consumidoras no contexto investigado.Contribuições teóricas/metodológicas: Este artigo supre as lacunas sobre como funciona o consumo do coletor menstrual e como este consumo transforma velhas identidades, de modo que proporciona aos atores sociais estudados o discernimento sobre aspectos capazes de transformar a sociedade contemporânea.Contribuições sociais/para a gestão: Este estudo aponta que o uso do coletor menstrual auxiliou na ruptura de padrões limitantes que circundam as relações sociais e comportamentais das mulheres participantes do estudo. Ademais, as empresas que atuam em segmentos similares podem fomentar seu mercado de atuação, a partir da construção de novas consciências mercadológicas relativas a sustentabilidade, a saúde e promoção da autonomia das consumidoras.
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