A própolis é um material recolhido de fontes vegetais pelas abelhas, sendo usada para promover um ambiente asséptico na colmeia, embalsamar invasores, reparar frestas, além de promover manutenção de parâmetros ambientais, como temperatura e umidade. Possui várias atividades biológicas reconhecidas, tanto no meio popular quanto no científico, a citar: antioxidante, antimicrobiana, cicatrizante, anestésica, anti-inflamatória, dentre outras. Existem diversos tipos de própolis, a depender de fatores ambientais (tipo de vegetação visitada pelos insetos, clima ou estação do ano), além de fatores relacionados às próprias abelhas. Sua composição química é muito variada, sendo o grupo mais importante o dos flavonoides. O objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica, a fim de investigar a atividade anti-inflamatória que já vinha sendo atribuída a própolis há séculos. A busca por artigos e teses em português, inglês e espanhol, publicados nos últimos 10 anos, foi realizada nas seguintes bases de dados: SciELO, Google Acadêmico, PubMed, MEDLINE, Catálogo de Dissertações e Teses da CAPES, BVS, CRD, Embase, Science Direct, Scopus e Cochrane Library. Os artigos obtidos ao final da pesquisa trouxeram diversos experimentos, in vivo e in vitro, utilizando própolis dos mais diversos tipos, coletadas em regiões e países diferentes. Os resultados foram muito favoráveis em relação aos extratos de própolis, que conseguiram atingir valores potenciais nos testes anti-inflamatórios, principalmente quando comparados com substâncias isoladas já reconhecidas como bons anti-inflamatórios. Ainda, muitos trabalhos trouxeram informações sobre os possíveis mecanismos moleculares da própolis, como inibição de enzimas específicas, bem como da produção de mediadores inflamatórios.
As abelhas produzem a própolis a partir de materiais balsâmicos coletados das plantas. Trata-se de um produto natural com diversas funções dentro da colmeia. Atualmente, a ciência já comprovou várias ações biológicas desse material, tal como antioxidante. Porém, ainda há desafios no que concerne a padronização de técnicas de coleta, preparo da amostra, análises, controle de qualidade, dentre outros, dificultando o uso da própolis pela indústria. Essa revisão investigou os possíveis fatores de heterogeneidade do potencial antioxidante da própolis, considerando todo o processo de obtenção, desde origem das colmeias até formas de extração da própolis de abelha Apis mellifera. A busca desta revisão foi realizada nas seguintes bases de dados e ferramentas de busca: SciELO, Google Acadêmico, PubMed, MEDLINE, Catálogo de Dissertações e Teses da CAPES, BVS, CRD, Embase, Science Direct, Scopus e Cochrane Library. Foram incluídas publicações em português, inglês e espanhol (2011 a 2021). Foram obtidos 173 trabalhos que comprovaram importante atividade antioxidante do extrato de própolis de A. melífera. Porém, os resultados numéricos de potencial antioxidante diferiram muito entre si. Os principais fatores de heterogeneidade encontrados nas metodologias foram: local e época de coleta (sazonalidade), raça da abelha, tipo de própolis ou sua fonte botânica, e preparo do extrato (solvente, tempo e metodologia de extração).
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