Visitors are amazed by their first impressions of Brazil. Foreigners have always received a warm welcome. Ethnic mixture has taken place with a frequency and intensity incomparable to that of other countries. The same language is spoken nationwide. During Carnival, people from all socioeconomic classes dance and frolic together without distinction. Cordiality, informality, and spontaneity appear to be Brazilian traits. But this is only a part of a bigger, more complex picture that, unfortunately, also encompasses a variety of serious problems, some easily detected by a visitor and some demanding a deeper analysis of the socioeconomic context of the country. In contrast to idealized images, often reinforced by state-subsidized advertising, there are difficulties that demand crucial analysis and efficient political and cultural actions. This article uses the template suggested by de Rivera (2004/this issue) to make an analysis of Brazil's culture of peace. Although our analysis is mostly qualitative, whenever possible we refer our observations to the template's objective indicators.Whether due to its vast size, economic importance, population, abundance of fresh water, the Amazon rain forest, or its success in professional soccer (being the world's only five-time World Cup champion), Brazil enjoys an outstanding position on the planetary scene. In the minds of many-including numerous Brazilians-it is the land of "racial harmony," a nation of "cordial people" who live in peace.In many countries, the desire for peace arose from the intense suffering produced by harsh wars or by the risk of a nuclear conflict. In Brazil, the peace movement arose from the growth and spread of urban and rural violence, particularly when violence and crime began to victimize middle and upper social classes in large urban areas.
RESUMOO presente ensaio se propõe a discutir algumas das interfaces entre a questão da violência e a fase da adolescência na sociedade brasileira contemporânea. O texto traz em destaque a complexidade das causas e manifestações da violência, com ênfase nos contextos da família e da escola. A partir de uma revisão de dados epidemiológicos, o autor pontua diferentes manifestações do fenômeno da exclusão e sinaliza possíveis estratégias de prevenção à violência cometida por, contra e entre adolescentes. Palavras-chave: adolescência, violência, prevenção. ABSTRACTThis paper aims at discussing some interfaces of the issue of violence and teenagers´ place in Brazilian contemporary society. The complexity of causes and its violence is emphasized, particularly in family and school contexts. From a revision of epidemiological data, different analyses of the exclusion phenomenum are presented and possible strategies to prevent violence against and among adolescents are suggested. Key-words: adolescence, violence, prevention. IntroduçãoO presente ensaio se propõe a discutir algumas das interfaces entre a questão da violência e a fase da adolescência na sociedade brasileira contemporânea. A violência, em suas inúmeras modalidades e expressões, vem se tornando, em anos recentes, um dos problemas que mais angustia esta sociedade, quer seja devido à divulgação de fatos do cotidiano ou dados estatísticos, ou a uma sensação difusa de insegurança e desconfiança que se propaga. Institui-se, assim, um círculo vicioso no qual "a violência gera o medo, mas este gera igualmente a violência", numa escala que pode chegar ao grau de "psicose coletiva" (CHESNAIS, 1999).Em várias partes do mundo, inclusive nas Américas e no Brasil, a violência alcança tamanha disseminação, magnitude e freqüência que passa a ser reconhecida como um grave problema de Saúde Pública, cujas conseqüências não se limitam às crescentes taxas de mortalidade, mas englobam seqüelas biopsicossociais e morais em nível pessoal, familiar e coletivo (YUNES; RAJS, 1994).O fenômeno da violência, em sua complexidade e multicausalidade, tem engolfado também a adolescência. Os adolescentes, ao se envolverem com a violência, quer na condição de vítimas ou na de perpetradores, terminam por sofrer alguma forma de exclusão. Quando vitimados, ocorre a exclusão da própria vida ou do "estado de completo bem-estar físico, mental e social". Quando agressor, o adolescente é excluído da possibilidade de viver em exercício da cidadania, por meio da qual pode reconhecer-se e ser reconhecido como sujeito de direitos e deveres. Alguns dados epidemiológicosNo Brasil, em 1996, 35,1% das mortes de jovens foram provocadas por homicídios e outras violências, percentual este que atingiu 47,7% nas regiões metropolitanas do país -(praticamente a metade!). Ao comparar o número de 15.288 jovens assassinados com os 1.199 óbitos decorrentes da Aids (2,8% da mortalidade juvenil) -em 1996 -WAISELFISZ (1998) denuncia que, para "um mal 13 vezes maior que a Aids, são ainda escassas e bastante tímidas as açõe...
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