RESUMO A dismenorreia primária (DP) é uma dor pélvica ou abdominal inferior relacionada à menstruação, associada a pontos dolorosos miofasciais, cuja presença é capaz de alterar a percepção somatossensorial e a ativação muscular, o que pode interferir no controle postural. O objetivo deste estudo foi verificar a influência da DP no controle postural estático de mulheres em dois momentos do ciclo menstrual, com e sem dor. Foram avaliadas 19 universitárias (22,4±3,0 anos) com DP por meio da escala visual analógica, algometria e plataforma de força. Os dados foram submetidos à estatística descritiva e verificados quanto à normalidade (Shapiro-Wilk) e às variáveis comparadas, utilizando-se o teste t de Student e o teste de Wilcoxon. O grupo avaliado apresentou uma dor considerada moderada (4,1±2,3), e os valores de limiar de dor à pressão foram menores no momento com dor quando comparado ao sem dor, na região do abdômen direito (p=0,04) e lombossacral bilateral (p<0,05), indicando maior sensibilidade local. Quanto ao controle postural, houve maior amplitude de deslocamento anteroposterior do centro de pressão, tanto na condição “olhos abertos” quanto “olhos fechados”, bem como na velocidade média e área da elipse do centro de pressão, na condição “olhos fechados”, durante o momento com DP. Essas alterações indicam maior necessidade de ajustes posturais na DP, possivelmente em virtude de uma interferência da dor sobre a propriocepção. Concluiu-se que houve maior sensibilidade dolorosa na fase menstrual do ciclo e que a dor interferiu sobre o controle postural deste grupo, eventos que foram intensificados pela ausência de visão.
Introdução: Apesar de a dismenorreia primária ser bastante incidente e ter impacto negativo na vida de mulheres, terapêuticas para o seu tratamento, tais como a bandagem funcional elástica, são pouco elucidadas pela literatura. Objetivo: Avaliar os efeitos da bandagem funcional sobre a dor e as atividades de vida diária (AVD) de estudantes universitárias com dismenorreia primária. Material e métodos: Ensaio clínico randomizado, realizado com 22 mulheres com dismenorreia primária, divididas aleatoriamente em dois grupos (A e B), acompanhadas durante dois ciclos menstruais. O grupo A recebeu intervenção no primeiro mês e, no segundo, fez-se o monitoramento dos sintomas. No grupo B fez-se o contrário. Resultados: Houve diminuição estatisticamente significativa na média geral de dor percebida pelos sujeitos, no grupo B, no terceiro (p = 0,01) e quarto dias (p = 0,02), a favor da intervenção. Também foi observada redução na intensidade da dor - de moderada e intensa para leve - de 72,7% dos sujeitos. Não houve diferença significativa entre a distribuição dos locais de dor e as AVD, exceto em uma delas. Conclusão: A bandagem é benéfica na dismenorreia primária em universitárias, com efeitos positivos sobre a redução da intensidade e a duração da dor.Palavras-chave: bandagens, dismenorreia, Fisioterapia.
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