Este trabalho tem por objetivo geral investigar se uma professora universitária e seus alunos partilham crenças a respeito da correção de composições escritas. Como objetivo específico, buscamos caracterizar as relações entre duas crenças desse mesmo grupo de alunos: uma crença antiga de que errar é embaraçoso e deve ser evitado a todo custo, e uma crença em construção de que a correção individualizada de tarefas escritas pode ser benéfica, por permitir-lhes refletir mais demoradamente sobre os seus próprios erros. A primeira crença é inferida a partir de pistas linguísticas que denotam embaraço e distanciamento, presentes em certas estratégias de polidez negativa, como pedidos de desculpas e impessoalização. A segunda, por outro lado, não é facilmente inferida, mas pistas linguísticas conflitantes presentes na fala dos alunos podem ser o indicativo de uma mudança em curso.
A partir do conceito de Tragédia Moderna, de Raymond Williams e dos estudos sobre o trágico de Peter Zsondi e Terry Eagleton, o presente trabalho pretende analisar, do ponto de vista dialético-crítico, a peça Vaqueiros escrita em 1999 pelo dramaturgo e poeta cearense Oswald Barroso (1947). Permeada de elementos da cultura popular, Vaqueiros problematiza as relações de gênero numa tessitura teatral comprometida com a realidade e mostra uma sociedade, no sertão nordestino, marcada pelo arcaísmo e pela opressão social. Nosso objetivo identificar esses elementos e analisar como eles se relacionam com as questões abordadas, levando em consideração o texto dramatúrgico.
“Vaqueiros” é uma tragédia contemporânea escrita em 1999 pelo dramaturgo, poeta, artista plástico, professor e pesquisador cearense Oswald Barroso e apresenta as relações conflituosas vivenciadas por uma família diante das mudanças dos arquétipos estabelecidos para os papéis do homem e da mulher na sociedade patriarcal sertaneja. Para apresentar o conflito familiar, focado na relação de gênero, a peça utiliza narrativas oriundas da tradição oral e personagens do reisado de caretas, folguedo popular nordestino, dando ao texto teatral uma linguagem híbrida, metateatral baseada na cultura popular. Desse modo, abordaremos questões que envolvem oralidade, escrita, tradição e teatro para realizar uma análise, ainda que sucinta, de como a tradição oral e popular nordestina é incorporada à peça, criada a partir das formas clássicas da tragédia grega, para representar as vozes dissonantes das mudanças culturais e sociais que também ocorrem no sertão.
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