RESUMO: O objetivo deste artigo é demonstrar, mediante análise semântico-argumentativa, como o título metafórico de uma reportagem jornalística orienta para a compreensão leitora do texto. São utilizados os aportes teóricos da Teoria da Argumentação da Língua (TAL), mais especificamente os que dizem respeito à Teoria dos Blocos Semânticos (TBS), desenvolvidas por Oswald Ducrot e Marion Carel, para descrição do sentido global do discurso (BSG). As metáforas e os paradoxos são considerados construções argumentativas às quais podem ser aplicados os conceitos da TAL/TBS, com base nos encadeamentos argumentativos. A metodologia é descritiva, de base bibliográfica. Os resultados mostram aspectos referentes à mediação da compreensão leitora, além de serem motivadores para o desenvolvimento de estudos acerca da leitura pela perspectiva argumentativa. PALAVRAS-CHAVE: Metáfora; Título; Teoria da Argumentação na Língua.
A década de 90 é marcada por uma discussão neoliberal em relação à eficiência do Estado, neste contexto surge a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, uma legislação mais moderna, que em um de seus capítulos reservou artigos explícitos em relação a formação continuada de docentes do sistema educacional brasileiro. Cabe destacar que antes da Lei nº 9.394, de 1996, o tema ainda não havia sido implementado com como política de Estado. A aprendizagem da docência não se dá de forma linear, mas é construída por um conjunto de determinações sociais que expressam os espaços e regulamentações que foram importantes na constituição das disposições a ensinar. O presente artigo investiga os efeitos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) em relação à formação continuada dos docentes da educação profissional e tecnológica. Como delimitação do estudo, a partir de pesquisa bibliográfica e documental, é apresentada a relevância da formação continuada de professores no contexto de uma instituição pública de educação profissional e tecnológica, concluindo-se pela adequação à Lei e arranjos institucionais pertinentes para o desenvolvimento dessa tarefa formativa.
Neste ensaio, abordo o proferimento ‘Lula Livre’, principal palavra de ordem daesquerda brasileira desde o episódio da prisão do ex-presidente Lula, em abril de 2018. Articulando a filosofia austiniana da linguagem às considerações do historiador americano Timothy Snyder a respeito da política contemporânea, procuro mostrar que ‘Lula Livre’, à diferença dos performativos em geral, não se projeta em direção ao futuro como um enunciado potencialmente capaz de modificar as circunstâncias em que é produzido. Em lugar disso, inscreve-se em uma concepção circular de tempo, no interior da qual a vida é experimentada como defesa permanente da própria inocência ante investidas cíclica e indefinidamente perpetradas por um suposto inimigo externo
Neste artigo, trata-se de refletir sobre algumas repercussões do conceito de zona cinzenta, elaborado pelo escritor judeu italiano Primo Levi no terceiro livro de sua Trilogia de Auschwitz. Em particular, tentarei compreender como essa noção rebate sobre as meditações de Primo Levi a respeito da mendacidade da memória. A ideia é mostrar que – se, como Levi indica, a memória provém da zona cinzenta, onde a condição de que se sobreviva é a de que um outro morra em seu lugar – o único acontecimento narrável, isto é, o que o sobrevivente viveu, se constitui mas também se descompleta em uma relação íntima e indissolúvel com o que sucedeu aos que morreram, esse enigma inenarrável que o sobrevivente, estando na zona cinzenta, tangenciou mas não experimentou.
O texto propõe uma crítica à noção de diferença – e de diversidade – em políticas linguísticas a partir de uma revisão das reflexões de Saussure sobre o conceito de língua. Trata-se de considerar (i) a inscrição da diferença como constitutiva do conceito saussuriano de língua; (ii) a (suposta) tensão entre homogeneidade e heterogeneidade inscrita nesse conceito; (iii) a impossibilidade de um objeto puro. A partir desses elementos, refletimos sobre a noção de diversidade que embala a sociolinguística e as políticas linguísticas, fazendo referência à genealogia desses campos disciplinares e ao modo como eles têm discursivizado as línguas a partir de um fascínio pela diversidade. Por fim, indagamos sobre as origens desse fascínio em diálogo tanto com o papel da diacronia na constituição do objeto saussuriano, como com alguns nomes próprios que nos colocam, genealogicamente, em contato com a questão judaica.
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