Pode-se afirmar que se formou na cidade de São Paulo um “sentido de atuação” urbana constituído por uma orientação privada nas primeiras décadas do século xx? Essa é a hipótese desta reflexão que busca interpretar intervenções públicas e privadas sobre a cidade tendo como eixo norteador as águas, em especial as utilizadas para geração de energia. Isto posto, o objetivo que fundamenta este artigo é apreender a relação e os legados de empresas e agentes públicos na construção desse possível sentido de ocupação urbana que gerou um caráter elitista, excludente e privatista do espaço público. Para isso, são analisados documentos públicos e privados, jornais, além de um balanço historiográfico sobre os temas tratados.
RESUMO A interpretação da sociedade sobre o caráter do graffiti tem mudado devido à legislação e à disseminação de murais de graffiti pela cidade de São Paulo, alguns incentivados pela Prefeitura. Obras têm sido espalhadas com o objetivo de embelezar a cidade e valorizar pontos turísticos, favorecendo o reconhecimento e a popularidade de grafiteiros e fomentando uma economia do graffiti, hipótese que norteia esta investigação. Desta forma, o objetivo geral deste artigo é refletir sobre como essa “economia” tem incorporado o graffiti aos interesses do mercado, demonstrando que esse processo de incorporação criou formas de “contornar” as limitações à propaganda impostas pela Lei Cidade Limpa, as quais têm sido empregadas por grandes empresas e agências de publicidade.
Mediante la revisión de la literatura y análisis de fuentes primarias, este artículo discute el proceso de incorporación del suelo urbano en el suroeste de la ciudad de São Paulo, en las primeras décadas del siglo XX, a partir de la acción de la São Paulo Light, Trawmay & Power Company Limited sobre el río Pinheiros, que dio lugar a la incorporación, por la empresa, de una extensa franja de tierra en la región.
Este artigo se propõe a discutir o tema da captação de água destinada ao abastecimento da população da cidade de São Paulo e da Região Metropolitana de São Paulo. Sob a responsabilidade do governo do estado de São Paulo desde 1892, o artigo foca especialmente a continuidade de padrões de captação que foram reproduzidos ao longo do século XX, em paralelo às dinâmicas as transformações urbanas e econômicas que impuseram descontinuidades nos aspectos ligados à gestão da empresa encarregada da captação e distribuição e no aumento da demanda de água. Em meio a essas continuidades e descontinuidades, os custos sociais da falta d’água revelados pelo crescente aumento na sua demanda, em contraposição à ineficiente oferta, reproduzem desigualdades já instauradas na região, resultado de uma urbanização privada e desigual.
Para a conclusão de mais um passo nessa jornada seria inevitável não me referir a uma série de pessoas que vivenciaram comigo as alegrias, ansiedades e, às vezes, os percalços desse caminho.
Aos meus paisAntônio Penteado dos Santos e Sônia Ap. Brazolotto dos Santos e meus irmãos Viviane Fernanda dos Santos e Adriano Antônio dos Santos, que indiretamente leram, pesquisaram e escreveram comigo e, respeitosamente me deram todo o apoio necessário à concretização desse trabalho. Aos meus inúmeros amigos que tive a honra da convivência diária na Faculdade de Ciências e Letras da UNESP de Araraquara, os quais acompanharam o nascimento desse trabalho e seus primeiros passos, em especial a
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