O auge dos museus de antropologia na Europa e América do Norte
foi desde a metade do século XIX até inícios do século XX. Sob o amparo do colonialismo, no aspecto político, e do evolucionismo cultural, no aspecto científico, muitos dos grandes museus de antropologia abriram as suas portas. No entanto, após a Segunda Guerra Mundial, as bases desse colonialismo começaram a ser questionadas nas grandes metrópoles e nas colônias e, muitas delas tinham iniciado o caminho da independência. Tudo isso permitiu que os museus de antropologia entrassem em crise e começassem a se reinventar, eliminando
ou minimizando toda expressão colonialista, tentando resignificar os objetivos originários dos espólios perpetrados em décadas anteriores e se adequando, além disso, a sociedades cada vez mais multiculturais. Desse modo, o objetivo deste artigo é descrever e analisar as diferentes estratégias desenvolvidas por esses museus de antropologia no processo de reinvenção. Centramo-nos nas novas propostas museugráficas e de ressignificação dos objetos coloniais e na
participação das comunidades colonizadas em décadas anteriores, ou de seus descendentes na instituição museística ou em suas propostas museógrafas.
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