A reinserção familiar após um período de acolhimento institucional constitui-se em um desafio tanto para a equipe que acolhe quanto para a família. Após a lei 12.010/2009, que determinou tempo de permanência máximo de dois anos, as equipes técnicas passaram a focar na provisoriedade da medida de proteção e planejar a reinserção familiar. Esse estudo objetivou conhecer os procedimentos e desafios de psicólogas da equipe técnica frente ao planejamento e acompanhamento da reinserção de crianças e adolescentes na família de origem. Participaram três psicólogas de acolhimentos institucionais de três cidades do Brasil: Santa Maria/RS, Brasília/DF e Natal/RN. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas a partir de um roteiro. Os dados foram analisados qualitativamente e categorizados com o auxílio da análise de conteúdo. Entre os resultados, destaca-se que as profissionais seguem procedimentos para a preparação da reinserção, como o estabelecimento de visitas, encaminhamento da família para rede de proteção e saúde e avaliação periódica das condições da família. Entre os desafios, encontraram-se fatores de risco enraizados, dificuldades econômicas, entre outros. Aperfeiçoamentos são discutidos para maximizar o sucesso da reinserção familiar.
Este estudo buscou conhecer a percepção dos participantes de um grupo de apoio à adoção (GAA) acerca desta experiência. A pesquisa teve caráter qualitativo e realizou-se através de entrevistas semidirigidas, as quais foram analisadas a partir da análise de conteúdo. Participaram do estudo oito integrantes de um grupo de apoio à adoção de uma cidade da região central do Rio Grande do Sul. Os resultados demonstram que os pretendentes à adoção e pais adotivos buscam o grupo devido à necessidade de aprofundarem conhecimentos acerca da parentalidade adotiva, bem como para aliviarem a ansiedade despertada pelo processo. Além disso, os participantes evidenciaram que o grupo no qual o estudo foi realizado tem atuação na garantia dos direitos de crianças e adolescentes institucionalizados, mencionando a realização de diversos projetos e a busca pelo direito à convivência familiar. Assim, destaca-se que o grupo trabalha tanto em prol da parentalidade adotiva, quanto da construção de uma nova cultura da adoção. Por fim, as considerações finais apontam a importância de produzir novos conhecimentos na temática, uma vez que estes podem auxiliar no trabalho de preparação de pretendentes, pais, como também de todos os envolvidos no processo de adoção. Palavras-chave: adoção; grupos de apoio; parentalidade adotiva.
This study seeks to understand the meanings attributed by young people in contexts of social vulnerability to their life paths. The research has a qualitative character and was carried out with five young people who, in 2012, had participated in a documentary that addressed the life experiences of adolescents at an Open School. From the report of the participants and the longitudinal character of this study, it was found that the experiences of entering the adult world marked by situations of violence, risks, exclusionary contexts and vulnerabilities hinder the implementation of their projects and bring particularities to the experience of this period of transitions. As final considerations, the importance of investments in actions that can overcome the crossings of vulnerabilities is highlighted, as a way to avoid possible stigmas that are part of certain contexts. The relevance of the longitudinal character of this research is emphasized, since, by having listened to the young people at two different moments, the possibilities of understanding their life paths were expanded.
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