Este trabalho discute como as condições sociais, culturais e econômicas interferem na perpetuação do lugar de opressão das famílias e, consequentemente, das suas crianças, tendo por objetivo discutir a educação em tempos de pandemia, considerando o contexto de pobreza, os mecanismos de opressão e seus efeitos no processo de humanização à luz dos pressupostos freireanos e vigotskianos. Trata-se do recorte de uma pesquisa que aborda, originalmente, dificuldades de aprendizagem. Posteriormente, este mesmo estudo permitiu também analisar os aspectos sociais observados, que estão na origem das questões de humanização/desumanização das crianças. Tal pesquisa é um estudo de caso realizado durante a pandemia de Covid-19, no segundo semestre do ano de 2020. Analisou-se o caso de um menino que apresentava, segundo indicação da professora, dificuldade de alfabetização. Os dados de pesquisa foram construídos por meio de entrevistas e atendimentos individualizados a ele, sua mãe e professora. Apoiou-se a análise nas contribuições de Freire e Vigotski. A análise dos dados destacou o impacto da privação de bens materiais e culturais na escolarização do estudante e, assim, a cristalização da condição de oprimido e seu impacto no processo de humanização dele.
Este artigo é um relato de experiência de caso clínico de intervenção psicopedagógica por mediação lúdica com criança acometida de neurofibromatose tipo 1. Seu objetivo é relatar um excerto do caso, em que foi usada a intervenção psicopedagógica por mediação lúdica na estimulação e organização das funções psíquicas superiores do sujeito deste estudo, com foco especial em controle de comportamentos, planejamento das ações e função simbólica, a fim de promover seu desenvolvimento psíquico e ampliar sua capacidade de aprendizagem. O estudo usa metodologia qualitativa e parte do pressuposto vigotskiano da pesquisa como processo, que, ao mesmo tempo em que pesquisa, promove mudanças na realidade pesquisada. A metodologia usada nas intervenções foi a abordagem psicopedagógica por mediação lúdica de base conceitual na Teoria Histórico-Cultural do desenvolvimento psíquico humano. Como resultados, observamos o desenvolvimento do menino, que, ao final de dois meses de intervenções, estava mais organizado, controlando as suas ações dentro dos contextos propostos e iniciando o brincar de forma simbólica.
Objetivo: o presente estudo objetiva verificar na literatura o que está sendo estudado a respeito da dislexia e quais as metodologias de reabilitação para dislexia que podem ser empregadas na escola para melhorar a condição do aluno. Métodos: esta é uma pesquisa qualitativa de revisão integrativa da literatura. Foi usada a base de dados SciELo e selecionados os trabalhos entre os anos de 2014 e 2019. Os descritores “dislexia” and “crianças” foram usados. Como filtros foram utilizados artigos completos, trabalhos feitos no Brasil, em língua portuguesa ou inglesa. Resultados: foram encontrados 15 artigos, destes, 11 tratavam de diagnóstico principal e secundário à dislexia, 3 tratavam de métodos de reabilitação para dislexia e 1 tratava do conhecimento dos professores a respeito da dislexia. Quanto a metodologia para empregar na escola, os trabalhos falavam do método fônico, além de intervenções nas questões de atenção e correspondências grafema/fonema. Considerações finais: Esta pesquisa revelou que a tríade diagnóstico, intervenção escolar e conhecimento por parte dos docentes é fundamental para ajudar o aluno acometido de dislexia.
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