Introdução: Handroanthus impetiginosus é conhecida popularmente como ipê roxo, sendo amplamente distribuída em florestas da América Central e Sul. Possui grande importância econômica, devido ao uso de sua madeira em construções, importância ecológica, na recuperação de ecossistemas florestais, e também importância medicinal, por seus compostos bioativos. Diversas plantas são capazes de produzir substâncias que exercem papel fundamental na manutenção da saúde humana e muitos medicamentos disponíveis atualmente são originados a partir de substâncias extraídas de em extratos vegetais. Objetivos: Caracterizar ácidos graxos e ésteres etílicos obtidos a partir do extrato hexânico de sementes de Handroanthus impetiginosus por meio de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. Metodologia: O extrato hexânico foi preparado a partir de sementes de Handroanthus impetiginosus, em aparelho de Sohxlet. O extrato hexânico foi analisado por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM). A identificação dos picos foi baseada nos espectros de massas, comparados ao banco de dados NIST 17 e os índices de retenção foram calculados a partir de dados de alcanos de C9 a C35, comparados com dados de referência na literatura. Resultados: O extrato hexânico apresentou um rendimento de 20,47%. A análise por CG/EM permitiu identificar uma mistura de ácidos graxos saturados e insaturados e ésteres etílicos, com predominência ácido oleico e oleato de etila, respectivamente. Conclusão: Os resultados demonstraram o potencial para a obtenção de ácidos graxos a partir de sementes de Handroanthus impetiginosus. Os óleos ou lipídeos apresentam importante valor nutricional para os seres humanos e os ácidos graxos constituem grande parte de sua composição.
Introdução: Handroanthus impetiginosus ou ipê-roxo é uma espécie conhecida por sua beleza exuberante e também pelo seu uso medicinal. Esta espécie é utilizada a séculos pelos povos indígenas como remédio para inflamações, câncer, sífilis, malária, febres, ulceras, tripanossomíase, infecções fúngicas e bacterianas. As atividades biológicas relatadas para H. impetiginosus são atribuídas aos metabólitos secundários encontrados principalmente nas cascas, como naftoquinonas, cumarinas, flavonoides, taninos e esteroides. Bioensaios são muito utilizados para investigar o potencial tóxico de compostos de origem natural. Os testes de toxicidade são fundamentais para avaliar e prevenir os possíveis efeitos tóxicos de substâncias naturais advindos das plantas. Objetivos: Avaliar as atividades antioxidante e larvicida frente Artemia salina e Culex quinquefasciatus do extrato hexânico de sementes de Handroanthus impetiginosus. Metodologia: O extrato hexânico foi preparado a partir de sementes de Handroanthus impetiginosus, em aparelho de Sohxlet. A atividade antioxidante foi determinada pelo método de radicais 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) e as amostras foram testadas nas concentrações de 1, 10, 100, 250 e 500 µg/mL. O BHT (2,6-di-tert-butil-4- metilfenol) foi utilizado como composto de referência. Para avaliação de letalidade frente à Artemia salina e Culex quinquefasciatus foram avaliadas amostras dos extratos nas concentrações de 125, 250, 500 e 1000 µg/mL, sendo consideradas ativas quando o valor da DL50 foi menor que 1000 µg/mL. Resultados: As amostras do extrato hexãnico apresentaram atividade antioxidante inferior a 50%, em comparação com o padrão BHT, o qual apresentou inibição superior a 90% nas concentrações de 250 e 500 µg/mL e de 86% na concentração de 100 µg/mL (P < 0,0001). Nas concentrações de 1 a 10 µg/mL houve uma ligeira redução na atividade antioxidante das amostras, entretanto, estas atividades foram superiores àquela observada para o padrão BHT. Não se observou efeito tóxico do extrato hexânico em Artemia salina. Todas as amostras testadas provocaram uma elevada mortalidade de larvas C. quinquefasciatus, independente da concentração empregada (P < 0,0001), mostrando uma seletividade para esse organismo. Conclusão: Os dados encontrados até o momento encorajam a realização de novos testes para a confirmação dos resultados e também para a detecção de outras atividades biológicas. Agradecimentos: UFSJ, CAPES, CNPq e FAPEMIG.
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