OBJETIVO: identificar possíveis problemas vocais enfrentados por cantores evangélicos de Irati-PR. MÉTODO: foram analisados 42 questionários respondidos por cantores de Igreja, onde constavam dados de identificação e um questionário referente a 30 problemas vocais que poderiam ser enfrentados pelos cantores, tanto referentes aos problemas de saúde vocal, quanto relacionados à utilização específica da voz cantada. O questionário já é amplamente utilizado na literatura brasileira. RESULTADOS: a média de problemas referidos foi de 7,78. Mulheres referiram maior quantidade média de problemas vocais (média:9,65) do que homens (média:6,19), havendo diferença estatisticamente significante entre eles (p=0,03). Das 30 questões, apenas uma não foi assinalada por nenhum cantor. Os problemas vocais mais citados foram: dificuldades para atingir notas agudas ou graves (n=29;58%), falta de ar para terminar frases musicais (n=27;54%), sensação de aperto ou bola na garganta (n=25;50%), sensação de voz fraca ou forte demais para o canto coral (n=22;44%), e desafinação (n=18;42%). Além disso, foi possível observar que não houve aumento de problemas vocais com o avanço da idade ou do tempo de canto (p=0,003 e p=0,573, respectivamente). CONCLUSÃO: mulheres referiram mais problemas do que homens no que se refere à utilização da voz no canto coral. A quantidade de problemas vocais independeu da idade e do tempo de canto, o que pode indicar que a falta de técnica pode ser prejudicial até mesmo para indivíduos que cantam há pouco tempo. As queixas mais frequentes parecem ter maior relação com a falta de técnica vocal.
RESUMOObjetivo: obter dados de autoavaliação vocal e qualidade de vida em voz de indivíduos hipertensos Método: trata-se de estudo transversal, exploratório e descritivo. Participaram 84 indivíduos, 33 homens e 51 mulheres, de 54 a 87 anos (média de 68 anos) que foram divididos em: Grupo Pesquisa (GP) -42 indivíduos portadores de hipertensão arterial e que recebiam tratamento medicamentoso específico para a doença há pelo menos um ano; Grupo Controle (GC): 42 indivíduos não hipertensos e com bom estado de saúde geral autorreferido. Todos os participantes responderam a um questionário composto por perguntas objetivas sobre autoavaliação vocal e ao protocolo Qualidade de Vida em Voz (QVV). Resultados: não foram observadas diferenças quanto à autoavaliação vocal de indivíduos do GP e GC (p=0,075). Os escores médios totais obtidos no QVV também foram semelhantes entre os grupos (p=0,080). Houve diferença entre os grupos quanto à autopercepção do sintoma de "voz fraca", que teve maior ocorrência no GP (p=0,015). Conclusão: a utilização de medicamentos específicos para a hipertensão não promoveu diferenças na autoavaliação vocal e na qualidade de vida do grupo estudado, com exceção da percepção de "voz fraca". Indivíduos hipertensos e não hipertensos apresentaram escores abaixo do que se espera para sujeitos com vozes saudáveis e sem queixas vocais.
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