LIMA, L. A. de. Otimização das superfícies dos implantes: plasma de titânio e jateamento com areia condicionado por ácido -estado atual. Pesqui Odontol Bras, v. 15, n. 2, p. 166-173, abr./jun. 2001. O objetivo deste trabalho foi analisar os resultados da literatura publicada sobre superfícies de implantes tratadas com plasma de titânio (TPS) e jateadas com areia e tratadas com ácido (SLA). Isoladamente, a textura da superfície foi a característica mais marcante na promoção da osseointegração. Os estudos da topografia da superfície implantar no comportamento celular mostraram que o osso se deposita indistintamente em superfícies porosas ou lisas, seja em implantes de cerâmica, titânio, ou em ampla variedade de outras superfícies. A porosidade portanto, não é condição necessária para que ocorra aposição óssea, entretanto, desempenha um papel preponderante no percentual de aposição óssea sobre a superfície do implante, assim como na velocidade com que essa deposição ocorre. Nesta revisão destacou-se uma promissora superfície denominada SLA, tratada com jatos de areia (partículas pequenas) seguida de ataque ácido. Os resultados demonstraram que tanto a rugosidade como o tratamento químico das superfícies podem influenciar bastante a força superficial de cisalhamento (resistência oferecida à remoção). Estas características da superfície do titânio, além de otimizar o procedimento, podem ainda, por exemplo, permitir a colocação dos implantes em função mais precocemente e ampliar a gama de aplicações possíveis para osso alveolar de densidade inferior, ou favorecer sua aplicação em osso regenerado.UNITERMOS: Implante dentário endósseo; Titânio; Osseointegração.
INTRODUÇÃO Em 1952, na Suécia com BRÄNEMARK et al.3 , iniciou-se um novo conceito de implantes dentais osseointegrados com eficácia clínica comprovada através de inúmeros casos suportando próteses em plena função por longos períodos.No decorrer dos anos setenta, SCHROEDER et al. 28 (197628 ( ) e SCHULTE 30 (1980 conduziram paralelamente estudos similares abrindo novos horizontes na Implantodontia.A partir dos estudos fundamentais de BRÄ-NEMARK et al. 3,4 (1969, 1977) e SCHROEDER et al. 28,29 (1976, 1978), os implantes osseointegrados acabaram por transformarem-se em uma ferramenta previsível e confiável de reposição dental. Foram desenvolvidos para seguir um rígido protocolo cirúrgico que permite o tratamento dos desdentados parciais ou totais e continuam universalmente aceitos até os dias de hoje.Ainda que o método de implantes osseointegrados já tenha se consagrado como uma previsível possibilidade para a restauração das perdas dentais, a eventual confirmação de que determinadas superfícies possibilitam maior e mais rápido contato ósseo na fase de cicatrização e contato ósseo duradouro quando em função poderá certamente contribuir para a otimização do procedimento.Estas características da superfície do titânio poderiam ainda, por exemplo, permitir a colocação dos implantes em função mais precocemente e ampliar a gama de aplicações possíveis para osso alveo...