Violência de gênero: um problema mundial e antigoGREDIR, matar, estuprar uma mulher ou uma menina são fatos que têm acontecido ao longo da história em praticamente todos os países ditos civilizados e dotados dos mais diferentes regimes econômicos e políticos. A magnitude da agressão, porém, varia. É mais freqüente em países de uma prevalecente cultura masculina, e menor em culturas que buscam soluções igualitá-rias para as diferenças de gênero. Organismos internacionais começaram a se mobilizar contra este tipo de violência depois de 1975, quando a ONU realizou o primeiro Dia Internacional da Mulher. Mesmo assim, a Comissão de Direitos Humanos da própria ONU, apenas há dez anos, na Reunião de Viena de 1993, incluiu um capítulo de denuncia e propõe medidas para coibir a violência de gênero.No Brasil, sob o pretexto do adultério, o assassinato de mulheres era legítimo antes da República. Koerner mostra que a relação sexual da mulher, fora do casamento, constituía adultério -o que pelo livro V das Ordenações Filipinas permitia que o marido matasse a ambos. O Código Criminal de 1830 atenuava o homicídio praticado pelo marido quando houvesse adultério. Observe-se que, se o marido mantivesse relação constante com outra mulher, esta situação constituía concubinato e não adultério. Posteriormente, o Código Civil (1916) alterou estasdisposições considerando o adultério de ambos os cônjuges razão para desquite.Entretanto, alterar a lei não modificou o costume de matar a esposa ou companheira.
ResumoO dia 8 de março é dedicado à comemoração do Dia Internacional da Mulher. Atualmente tornou-se uma data um tanto festiva, com flores e bombons para uns. Para outros é relembrada sua origem marcada por fortes movimentos de reivindicação política, trabalhista, greves, passeatas e muita perseguição policial. É uma data que simboliza a busca de igualdade social entre homens e mulheres, em que as diferenças biológicas sejam respeitadas mas não sirvam de pretexto para subordinar e inferiorizar a mulher.As mulheres faziam parte das "classes perigosas" As mulheres faziam parte das "classes perigosas" As mulheres faziam parte das "classes perigosas" As mulheres faziam parte das "classes perigosas" As mulheres faziam parte das "classes perigosas"No século XIX e no início do XX, nos países que se industrializavam, o trabalho fabril era realizado por homens, mulheres e crianças, em jornadas de 12, 14 horas, em semanas de seis dias inteiros e freqüentemente incluindo as manhãs de domingo. Os salários eram de fome, havia terríveis condições nos locais da produção e os proprietários tratavam as reivindicações dos trabalhadores como uma afronta, operárias e operários considerados como as "classes perigosas". Sucediam-se as manifestações de trabalhadores, por melhores salários, pela redução das jornadas e pela proibição do trabalho infantil. A cada conquista, o movimento operário iniciava outra fase de reivindicações, mas em nenhum momento, até por volta de 1960, a luta sindical teve o objetivo de que homens e mulheres recebessem salários iguais, pelas mesmas tarefas.
Na última década temos visto surgir no Brasil algumas publicações sociológicas sobre a questão da imigração. País cuja população é constituída por levas imigratórias, o tema foi pouco estudado. Os trabalhos mais antigos, do começo do XIX, são ensaios que procuram influenciar a política governamental para incorporação de trabalhadores livres. No fim do século, análises demográficas e geográficas procuravam avaliar o perfil populacional e a distribuição das atividades econômicas de brasileiros e estrangeiros. Datam dessa época, fim do século XIX, estudos médicos e ensaios de cunho racial/racista que preconizavam a incorporação de imigrantes europeus para o branqueamento da população e suposta "melhoria da raça".A imigração em massa constituiu-se em objeto sociológico e antropológico, mais de cinqüenta anos após o início do processo, com estudos sobre os italianos e libaneses. Seguiram-se estudos sobre japoneses e são raros ainda hoje aqueles sobre poloneses, americanos, gregos, franceses e outros grupos étnicos. Na década de 60 apareceram poucos estudos sistemáticos sobre os judeus.Abdelmalek Sayad tem estudado a imigração argelina para a França. É muito oportuna a tradução da Edusp, em edição muito bem cuidada, da obra de Sayad na qual estão reunidos seus trabalhos de 1975 a 1988. Trata-se de um dos raros trabalhos que traz uma reflexão teórica sobre o processo de imigração, que Sayad define como um "processo total", isto é, que deve ser visto em face das condições que levam da emigração até as formas de inserção do imigrante no país para onde vai.
To understand the present situation of Brazilian women, this article sets out to examine the way it has evolved in the past 20 years. The change of regime in 1964 led to an exacerbation of the economic crisis for the ordinary people of Brazil. This was accompanied by a restriction of civil liberties. Thus deprived of formal channels of negotiation, women formed a new movement. They began to play a public role, motivated by a desire for a better life for their children, the release of imprisoned relatives, and higher wages. In this way, they began to penetrate the public realm.
Às vésperas da Segunda Guerra o Brasil recebeu refugiados judeus que conseguiram romper os obstáculos interpostos pela ditadura getulista. Havia uma "circular oculta" proibindo a vinda de judeus: exigia-se das pessoas que pleiteavam visto de entrada uma certidão de batismo, além de uma "carta de chamada" informando que tinham trabalho garantido, etc. Mesmo assim, muitos conseguiram salvar suas vidas fugindo do nazismo e do fascismo. Entre essas pessoas estava a bióloga Khäte Schwarz, que chegou ao Brasil em 1938.Naqueles anos a economia brasileira apoiava-se de modo fundamental na agricultura, especialmente no café. Nesse contexto, em 1927 foi criado, em São Paulo, o Instituto Biológico (IB), instituição de pesquisa científica para produtos que combatessem doenças que atacavam a lavoura. Khäte Schwarz trabalhou nesse instituto, contudo decorreram doze anos até que seu talento pudesse servir ao país.Surpreendentemente, Khäte não era a única mulher cientista que trabalhava no IB. O Instituto tem uma página na Internet onde consta uma galeria de "Grandes Nomes", O primeiro nome que aparece numa listagem alfabética é o da famosa e precursora aviadora Ada Rogato (1920Rogato ( -1986. Muito conhecida como desbravadora de longas distâncias aéreas, era também paraquedista. Tendo iniciado como datilógrafa no IB, Ada combinou várias atividades e se distinguiu na aplicação dos produtos descobertos e produzidos pela instituição. Fazia a aspersão aérea de produtos contra a broca do café, salvando a produção e complementando o trabalho científico. Famosa, dedicou-se a acrobacias no ar e foi a primeira a voar sobre as três Américas.2 A fama de aviadora escondeu a importante atividade profissional ligada à ciência.A goiana Maria Pereira de Castro 3 nasceu em 1921 e se bacharelou em História Natural pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Paulo em 1942. Dedicouse à Parasitologia Animal e estagiou em vários laboratórios no Rio de Janeiro, no Hospital Johns Hopkins, na Universidade de Cornell e em Plum Island, nos Estados Unidos. Montou ela própria o Laboratório de Parasitologia Animal no IB. Sua extraordinária contribuição se deu no "cultivo de tecidos" e, na década de 1960, teve muito sucesso no combate à febre aftosa, grave problema que exige constante controle. É reconhecida internacionalmente pela obtenção da linhagem celular IB-RS-2. 4A engenheira agrônoma Victoria Rosseti, 5 pesquisadora emérita do Estado de São Paulo, é considerada uma autoridade nas doenças cítricas. Diz sua biografia: "Quando se fala em vírus da 'tristeza', doença transmitida por enxertia (enxerto) e por insetos, não se pode deixar de citar Victoria Rossetti". O mesmo acontece com relação à "leprose", ou cancro cítrico. Mesmo aposentada em 1987, aos 70 anos, continuou suas pesquisas e identificou a "clorose variegada dos citros", que ameaçava a citricultura, por meio da descoberta da Xylella fastidiosa que causava a doença. É considerada "um dos pilares científicos do Instituto Biológico de São Paulo". Sua ação se deu também politicamente,...
Aqui se vai discutir o estrangeiro não no sentido em que muitas vezes no passado se fez
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