O artigo segue as peculiaridades que a chamada “relação teoria-prática” tem assumido na Psicologia, buscando nela pistas para mapear o modo como o problema do conhecer e do conhecimento tem sido colocado nesse campo. São guias nesse trabalho as distinções que estudantes da graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) fazem em sua experiência de formação, produzidas em um dispositivo de pesquisa realizado com alunos em estágio de ênfase. Observou-se que os dilemas e impasses distinguidos pelos estudantes têm relação com a colocação do problema do conhecimento psi segundo a teoria do espectador do conhecimento, tal como caracterizada por John Dewey. Uma releitura dessa noção a partir de autores contemporâneos da cognição - principalmente Humberto Maturana, Francisco Varela e Pierre Lévy - é utilizada para recolocar o problema da relação entre teoria e prática na Psicologia. Conclui que o plano concreto do fazer psi não tem sido considerado pelo discurso que situa na teoria o fundamento para o conhecimento do psicólogo.
O artigo articula teorias contemporâneas da cognição e aprendizagem com o problema da relação entre educação, trabalho e território na educação profissional. Apresenta resultados de uma pesquisa-intervenção realizada em um Campus em implantação do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) que teve como objetivo desenvolver e analisar os efeitos de dispositivos que articulassem as práticas educacionais com as experiências e percepções dos(as) estudantes acerca dos espaços que habitam. O texto explorará os múltiplos sentidos de um aprender a habitar que se produziu nesta pesquisa, como política de aprendizagem que exige o engajamento de professores, estudantes e da própria instituição educacional com as questões de seu entorno.
RESUMOO artigo parte de algumas questões que emergiram na experiência recente das ocupações dos estudantes secundaristas no Brasil, conforme depoimentos de estudantes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Reconhecendo o protagonismo das mulheres nesse movimento, são articuladas contribuições de autoras feministas para o desafio de pensar práticas educacionais e explicações da aprendizagem que estejam atentas ao problema da convivência, tão bem enunciado pelos estudantes. Aborda perspectivas críticas a teorias clássicas da psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, com o objetivo de produzir outras explicações para o processo educacional, que considerem seu caráter localizado, no sentido proposto para esse termo por Donna Haraway.Para isso, propõe o deslocamento de concepções de sujeito e política pautadas por uma racionalidade masculina, autônoma, abstrata e impessoal.Palavras chave: feminismo, educação, aprendizagem RESUMEN El artículo parte de algunas questiones que surgieron en la experiencia reciente de las ocupaciones de estudiantes secundaristas en Brasil, segundo testimonios de estudiantes de São Paulo e Rio de Janeiro. Reconociendo el protagonismo de las mujeres en ese movimiento, son articuladas contribuiciones de autoras feministas para el desafío de pensar prácticas educacionales y explicaciones del aprendizaje que estean atentas al problema de la convivencia, tan bien enunciado por los estudiantes. Aborda perspectivas críticas a las teorías clásicas de la psicología del desenvolvimento y del aprendizaje, con el objectivo de producir otras explicaciones para el proceso educacional, que consideren su carácter localizado, en el sentido propuesto para ese término por Donna Haraway. Para eso, propone el deslocamiento de concepciones de sujeto y política pautadas por una racionalidad masculina, autónoma, abstracta e impersonal.
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