Em todo o mundo são produzidos, diariamente, muitos resíduos agroindustriais provenientes de diferentes tipos de processos industriais. Ressaltando aqueles realizados por indústrias de polpas e sucos que descartam a maior parte do peso total das frutas (cascas e sementes). Esses resíduos contêm grandes quantidades de nutrientes, como açúcares, minerais e proteínas, que podem ser biotransformados em moléculas de interesse tecnológico através da aplicação de processos biotecnológicos. Dentre eles, os processos fermentativos com fungos filamentosos vêm como alternativa promissora, pois esses microrganismos são relatados como grandes produtores de metabólitos secundários com aplicação médica e farmacêutica. Como, por exemplo, os biocorantes que são substâncias que proporcionam cor e podem agregar atividade biológica aos produtos, como ação antioxidante e antimicrobiana. O presente trabalho trata-se de uma revisão narrativa sobre o potencial uso de diferentes tipos de resíduos agroindustriais como substratos nutritivos para crescimento fúngico e a produção industrial de seus metabólitos bioativos.
A cerveja é uma bebida constituída por água, malte, lúpulo e leveduras. A levedura é o principal agente transformador, convertendo os açúcares em etanol, CO2 e uma série de compostos conferindo sabor e aroma. Destaca-se as leveduras Saccharomyces como as mais utilizadas pela indústria. Com o crescente número de consumidores de cervejas e a grande diversidade de sabores, o número de cervejarias também vêm aumentando. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial biotecnológico de leveduras não-Saccharomyces mantidas em coleção. Avaliou-se a potencialidade biotecnológica para serem utilizadas na indústria. Realizou-se a diferenciação bioquímica das cepas em ALE e LAGER, a tolerância a etanol e o potencial de floculação das leveduras. Os resultados obtidos demonstraram que as leveduras apresentaram um potencial para serem aplicadas em processos fermentativos. Todas as leveduras utilizadas nos testes de diferenciação bioquímica apresentaram resultados que permitem classificá-las como leveduras do tipo LAGER. No teste de floculação todas as leveduras se mostraram como leveduras com característica industrial segundo o critério de classificação da American Society of Brewing Chemistry. Na avaliação de tolerância ao etanol nas concentrações de 10%, 15% e 20% apenas a levedura usada no controle demonstrou tolerância ao etanol 15%, a levedura Saccharomyces cerevisiae obtida na coleção de cultura demonstrou tolerância ao etanol 10%, e as demais não apresentaram tolerância ao etanol nas concentrações utilizadas. O estudo apresentou resultados promissores sugerindo que as leveduras podem ser utilizadas em processos fermentativos, sendo necessária a realização de maiores investigações para certificar o real potencial destas leveduras.
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