A dor tem sido estudada nas diversas áreas da saúde, mas deve ser compreendida em uma perspectiva multidimensional que inclui os aspectos sociais, espirituais e psíquicas. O objetivo deste estudo foi compreender a vivência da dor crônica de pacientes oncológicos que estão sob tratamento paliativo. Trata-se de pesquisa qualitativa com uso de entrevista e diário de campo; os dados foram sistematizados a partir da análise de conteúdo na criação da categoria temática: a singularidade da dor: modos de enfrentamento e, história clínica das participantes internadas em um Hospital Público na Clínica de Cuidados Paliativos Oncológicos. Os dados sinalizam que a religiosidade, espiritualidade e a dificuldade em falar da dor e deparar-se com ela, foram os modos pelos quais as participantes narraram suas dores e o processo de adoecimento. A escuta em um ambiente que o sujeito se sinta acolhido permite falar da dor por meio das palavras ou do silêncio.
OBJETIVO: Compreender como os cuidadores familiares de pacientes oncológicos em cuidados paliativos percebem a sobrecarga subjetiva e seus impactos no cotidiano.MÉTODOS: O estudo é uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, tendo como método de análise de dados a análise de conteúdo, de Laurence Bardin. O local de coleta de dados foi a Clínica de Cuidados Paliativos Oncológicos do Hospital Ophir Loyola, localizado em Belém do Pará. Foram entrevistados quatro participantes maiores de 18 anos, todos cuidadores principais e familiares dos pacientes. Para a coleta de dados, foi utilizada a entrevista semiestruturada. As entrevistas foram transcritas na íntegra e analisadas para a formulação das categorias temáticas relacionadas à percepção dos cuidadores familiares sobre a sobrecarga subjetiva.RESULTADOS: Foram desenvolvidas três categorias descritivas: na primeira categoria, emergiram dificuldades de dividir os cuidados dos pacientes com outros familiares; na segunda, destacaram-se as mudanças ocorridas na vida dos cuidadores; e, na terceira, abordaram-se estratégias de enfrentamento por meio da religiosidade/espiritualidade frente à sobrecarga subjetiva e ao contexto de terminalidade.CONCLUSÕES: A sobrecarga subjetiva aparece de forma discreta, não diretamente observável. As demandas relativas a ela podem não ser identificadas e abordadas, gerando sensação de desamparo e/ou de negligência com o sofrimento do cuidador principal. A atenção à sobrecarga subjetiva é essencial no cuidado paliativo considerando o binômio paciente-família e deve ser objeto de estudo na área.
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