Faz-se, aqui, uma investigação das razões da presença de práticas políticas do tipo clientelista entre setores das classes populares, no Brasil contemporâneo, enfatizando os anos 1990. Propõe-se valorizar as razões inscritas na própria conjuntura sócio-política que circunda o fenômeno, de modo que se vá além das explicações que se fiam nos aspectos histórico-culturais ou de viés economicista, exclusivamente. Para esse propósito, recorremos a fontes bibliográficas e a periódicos, dos quais se tirou uma interpretação própria sobre o período. Verificou-se que as práticas clientelistas receberam estímulos para manifestarem-se na organização política nacional, principalmente na esfera federal, mas com reflexos efetivos nos estados e municípios, em razão de a coalizão de forças políticas formada para a implantação do projeto neoliberal no Brasil ter juntado a "moderna" Social Democracia Brasileira e as "velhas" oligarquias regionais - situadas dentro do PFL, PP, PTB e setores do PMDB, principalmente -, cujos representantes são reconhecidos pelo apego às práticas de recorte patrimonialista e paternalista. A inclusão dessas últimas no "pacto conservador" pró-reformas neoliberais significou, por extensão, a revalorização dessas práticas. Encontra-se aí, parte da explicação para o vigor com que práticas como o fisiologismo, o apadrinhamento, o aparelhamento da máquina estatal, a compra e venda de votos e o clientelismo apresentam-se no cenário nacional dos anos 1990.
ApresentaçãoE ste artigo resultou da preparação de um mini-curso desenvolvido Junto ao laboratório de Ensino de Sociologia da Universidade Estadual de Londrina, voltado aos professores do ensino médio que ministram disciplinas de sociologia. O mini-curso baseava-se na exemplificação de alguns roteiros de apresentação da teoria positivista por mim utilizados nos cursos que ministro na graduação, com o objetivo de compartilhá-los com os professores presentes.Nesta ocasião, propus uma maneira particular de se falar do positivismo durkheimiano, a partir do tema gerador "violência". Selecionei alguns artigos de jornais e de revistas (ver anexos) conhecidas que revelavam forte influência dos pressupostos teóricos desenvolvidos e defendidos pelo positivismo durkheimiano. Propus, por exemplo, que tais pequenos textos que tratam de um tema pertinente ao dia a dia dos nossos jovens, poderiam ser utilizados como veículo de motivação para iniciar a apresentação da teoria positivista, bem como ilustrar a presença influente de seus princípios, pressupostos e conceitos nas reflexões e debates contemporâneos.No entanto, para que o professor secundarista fizesse uso desse roteiro de discussão sobre o positivismo seria imprescindível que se sentisse seguro quanto a própria familiaridade e conhecimento que tem sobre esta teoria. Pensando em contribuir para a instalação dessa pré condição elaborei um texto para o professor que contém aquelas informações núnimas sobre a contribuição de Durkheim ao entendimento,
Professor do Departamento de Ciências Sociais da UEL Resumoo texto que segue é a exposição de uma proposta de aula introdutória à Sociologia de Max Weber , voltada ao aluno do ensino médio. Por meio do exemplo, indica-se uma possibilidade de exercício a ser desenvolvido pelo professor responsável pela disciplina neste nível de ensino. É uma tentativa de auxiliá-lo na tarefa de levar aos alunos a riqueza das contribuições weberianas, neste caso, algumas premissas e conceitos cujos conteúdos têm sido, muitas vezes, nega dos aos jovens pelo fato de o professor considerar sua explicação muito trabalhosa. São utilizados vários exemplos (através de charge, artigos de jornal e revista) da vida cotidiana que ilustram algumas daquelas premissas e conceitos. Palavras-Chave: ensino médio; sociologia; Max Weber.A metodologia weberiana e suas aplicações são um grande estí mulo ao desenvolvimento no aluno daquilo que Wright Mills chamou de a "imaginação sociológica", quer dizer, a capacidade de compreender como sua vida cotidiana está ligada a outros níveis mais I Comunicação apresentada em 2002 ao grupo de professores do ensino médio que ministram aulas de Sociologia e que participam das atividades de capacitação promovidas pelo
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