O artigo analisa as práticas de médicos e enfermeiros da Atenção Primária à Saúde (APS) no cuidado a idosos com demência. Foi conduzido um estudo transversal e analítico, na Atenção Primária de municípios do norte de Minas Gerais, Brasil. Aplicou-se o instrumento Atenção Sanitária às Demências: a visão da Atenção Básica, nas versões para médicos e enfermeiros. Dos 316 participantes, 138 eram médicos e 178, enfermeiros. Encontrou-se associação estatisticamente significativa entre tempo de experiência profissional no serviço e participação em atividade de capacitação em demência (médico p = 0,026; enfermeiros p = 0,049) e entre a formação dos profissionais e participação em atividade de capacitação em demência (médico p = 0,028; enfermeiro p = 0,003). Constatou-se uma prática incipiente de médicos e enfermeiros da APS no cuidado a idosos com demência, apontando para a necessidade do desenvolvimento de estratégias educativas de modo a qualificar a assistência.
Resumo Objetivo Analisar a prática de profissionais médicos da Atenção Primária à Saúde (APS) de municípios polos de Residência em Saúde da Família e Comunidade em Minas Gerais (MG), Brasil. Método Trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado de março a outubro de 2018 com médicos e médicos residentes que atuavam nas equipes de Estratégia Saúde da Família de oito municípios de MG. Avaliou-se as características sociodemográficas, a participação em capacitações específicas para demência e as práticas dos médicos no cuidado da pessoa idosa com demência. Resultados Dentre os profissionais, a maioria eram do sexo feminino (63,4%), possuíam até 30 anos de idade (57,7%) e não participaram de capacitação em demência (60%). Observou-se que a maior parte dos médicos diagnosticaram a patologia no estágio moderado a grave (67,5%). Entre as dificuldades para identificar casos de demências, destacaram-se: a baixa utilidade dos exames complementares (26,8%) e a dificuldade em diferenciar sinais e sintomas das demências de seus principais diagnósticos diferenciais (50%). A participação em capacitação influenciou nas dificuldades de identificação de casos (p=0,019), diferenciação de sinais e sintomas (p=0,018), confiança sobre o diagnóstico (p<0,001), responsabilização do diagnóstico pelo serviço especializado (p=0,019) e baixa disponibilidade de tempo dos profissionais (p=0,015). Conclusão O ensino prático direcionado à demência fornecido aos profissionais de saúde durante a formação médica ainda é incipiente e exige aperfeiçoamento, sendo necessárias intervenções educativas junto à equipe da APS e o aprimoramento dos protocolos voltados ao diagnóstico precoce e ao manejo das demências.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.