Vol. 26 Nº2 Rev bras Coloproct Abril/Junho, 2006Neoplasia Colorretal até 40 Anos -Experiência em Cinco Anos Elisângela Plazas Monteiro e Cols. O tempo entre o início dos sintomas e admissão hospitalar foi em média de 7 meses. História familiar foi positiva em 8 (16,7%), negativa em 28 (58,3%) e 12 (25%) desconheciam antecedentes. Polipose adenomatosa familiar (PAF) esteve presente em 3 (6,2%) casos. RESUMO: Neoplasia colorretal é incomum em menores de 40 anos, ocorrendo numa freqüência de 2,1 a 14,6%. Neste estudo retrospectivo demonstramos a experiência com pacientes portadores de neoplasia colorretal, submetidos a tratamento cirúrgico ao longo de cinco anos. Dos 453 pacientes operados por neoplasia colorretal no período, 48 (10,6%) tinham 40 anos ou menos. A faixa etária média foi de 32,5 anos, predominando no sexo masculino (60,4%). O tempo médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico foi de sete meses. História familiar foi positiva em oito (16,7%), negativa em 28 (58,3%) e desconhecida em 12 (25%). Sangramento foi o sintoma mais comum e o reto a principal localização (62,5%). Cirurgia com intenção curativa foi realizada em 30 casos (62,5%). A maioria encontrava-se em estádio III e IV (66,7%A grande maioria apresentava multiplicidade de sintomas, sendo os mais comuns sangramento (67,3%) e alteração do hábito intestinal (59,6%).O reto foi a principal localização, 30 (62,5%) casos, sendo 14 no reto inferior, 11 no médio e 5 no superior. Das 18 (37,5%) lesões localizadas em cólon, 7 ocorreram no sigmóide, 6 no cólon direito, 4 no descendente e 1 no transverso (Figura -1). Tumores sincrônicos estiveram presentes em apenas um caso, com associação de neoplasia de cólon direito e sigmóide.Quanto à diferenciação celular, 29 (60,4%) foram moderadamente diferenciados e os indiferenciados perfizeram um total de 12,5% (Tabela -2). A presença elevada de mucina foi encontrada em 14 (29,1%) casos de adenocarcinoma.Foram realizadas nesta série 84 intervenções cirúrgicas, com média de 1,75 cirurgias por paciente. Cirurgia com intenção curativa foi feita em 30 (62,5%) casos. Ressecção com anastomose primária ocorreu em 23 (48%) e ostomia terminal em 17 (35,4%) casos. A cirurgia mais comum foi retossigmoidectomia anterior seguida pela amputação abdômino-perineal do reto (Tabela -3). Três doentes foram submetidos a terapia neoadjuvante, 18 a terapia adjuvante e 5 receberam quimioterapia paliativa.Quanto ao estadiamento pós operatório, oito (16,7%) pacientes encontravam-se em estádio I, 7 (14,6%) em estádio II, 19 (39,6%) em estádio III e 13 (27,1%) em estádio IV, sendo uma peça cirúrgica negativa após neoadjuvância (Tabela -4 ).A média de seguimento ambulatorial foi de 26,7 meses, com perda de oito casos por causa desconhecida. Não ocorreram óbitos no per operatório e 12 (25%) pacientes faleceram neste período (Tabela -5). Observa-se maior predominância de envolvimento do reto 5,6,14 , assim como encontrado por nós. Tumores sincrônicos ocorreram em 2% de nossos pacientes, taxa inferior à encontrada na literatura consultada...
The identification of a 32-bp deletion in the cc-chemokine receptor-5 gene (CCR5delta32 allele) that renders homozygous individuals highly resistant to HIV infection has prompted worldwide investigations of the frequency of the CCR5delta32 allele in regional populations. It is important to ascertain if CCR5delta32 is a factor to be considered in the overall epidemiology of HIV in individual populations. With this in mind we determined the CCR5delta32 allele frequency in a large sample (907 individuals) of the southeastern Brazilian urban population, stratified as follows: 322 healthy unrelated individuals, 354 unselected colorectal cancer patients, and 229 blood donors. The three groups displayed essentially identical allelic frequencies of CCR5delta32 and pairwise comparisons did not show significant differences. Thus, our results can be pooled to provide a reliable estimate of the CCR5delta32 allele frequency in the southeastern Brazil of 0.053 ± 0.005. The blood donors comprised 50 HTLV-I serologically negative individuals, 115 non-symptomatic individuals HTLV-I positive by ELISA but with indeterminate Western blot results, 49 healthy blood donors HTLV-I positive both at ELISA and Western blot and 15 patients with clinical spinal cord disease (HAM). A suggestive trend was observed, with the CCR5delta32 frequencies decreasing progressively in these four categories. However, when we applied Fischer's exact test no significant differences emerged. We believe that further studies in larger cohorts should be performed to ascertain whether the CCR5delta32 allele influences the chance of becoming infected or developing clinical symptoms of HTLV-I infection.
A observação de que indivíduos homozigotos para uma deleção de 32 pares de base no gene que codifica para o receptor 5 de cc-quimiocinas apresentam um menor risco de contrair a infecção por HIV-1 levou à investigação da freqüência deste polimorfismo em várias populações mundiais. É importante investigar se o CCR5delta32 é um fator a ser considerado na epidemiologia do HIV em populações individuais. Com estes pressupostos em mente nós estabelecemos a freqüência do CCR5delta32 em uma grande amostra (907 indivíduos não-relacionados) da população urbana do sudeste brasileiro, estratificada da seguinte maneira: 322 indivíduos sadios, 354 pacientes com câncer colorretal e 229 doadores de sangue. Os três grupos apresentaram essencialmente a mesma freqüência alélica de CCR5delta32 e a comparação par-a-par não revelou diferenças significativas. Assim, os nossos resultados podem ser agrupados para fornecer uma estimativa confiável de 0,053 ± 0,005 da freqüência alélica de CCR5delta32. Os doadores de sangue compreendiam 50 indivíduos soronegativos para HTLV-I, 115 indivíduos assintomáticos por ELISA mas com resultados indeterminados em Western blot, 49 indivíduos soropositivos para HTLV-I mas assintomáticos e 15 indivíduos soropositivos para HTLV-I sintomáticos com mielopatia. Foi observado um sugestivo gradiente decrescente da freqüência alélica de CCR5delta32 nestas cat...
INTRODUÇÃOMesmo diante dos avanços na compreensão da etiopatogenia da doença de Crohn (DC) e de novas opções terapêuticas para o manejo clínico, a grande maioria dos doentes (50-70%) necessita de operação intestinal na evolução da doença 1 , e um número variá-vel destes (33 a 82%) terá a experiência da recidiva no seguimento pós-operatório 2, 3 .Desde a publicação de Crohn et al, em 1932, muitos pesquisadores têm identificado fatores clínicos preditores de recidiva no pós-operatório, porém com resultados conflitantes quanto a sua importância na determinação da recidiva 4, 5 .Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi relatar a experiência do serviço com os fatores de risco que influenciam na recidiva da doença de Crohn no pós-operatório. MATERIAIS E MÉTODOSO estudo retrospectivo descritivo foi realizado no Serviço de Coloproctologia do Hospital Heliópolis, São Paulo -SP, de dezembro de 1998 a dezembro de 2006, em pacientes com diagnóstico de doença de Crohn, submetidos a tratamento cirúrgico.Os dados foram coletados através de revisão rigorosa de prontuários médicos. As variáveis avaliadas foram idade, sexo, raça, tabagismo, tempo de diagnósti-co, padrão anátomo-clínico, localização da doença, motivo da primeira operação, recidiva no pós-operatório, número de procedimentos cirúrgicos e o tipo anastomose. Com relação ao motivo da primeira cirurgia, os pacientes foram divididos em dois grupos: o primeiro grupo com diagnóstico de perfuração livre, perfuração bloqueada com abscesso e perfuração crônica com fistula interna ou externa e o segundo grupo, sem perfuração.
RESUMO: O estudo pré-operatório do cólon para fechamento de colostomias em alça devido a trauma ainda é controverso. A pesquisa de alterações anatômicas pós-traumáticas do cólon entra em conflito com os custos, o desconforto e a morbidade dos exames. Objetivo: avaliar o fechamento de colostomia em alça, sem estudo pré operatório do cólon Método: foram analisados 51 pacientes do sexo masculino, no período de janeiro a junho de 2005, portadores de colostomia em alça confeccionada após traumatismo. Todos foram submetidos a fechamento de colostomia sem estudo do cólon, seja por colonoscopia ou enema opaco. Resultados: a média de idade foi de 26,5 anos. O tempo de permanência da colostomia foi, em média, 42,2 meses, sendo o flanco esquerdo a localização mais comum (66,7%). Houve 16 casos (31,4%) de hérnia para-colostômica e 14 casos (27,5%) de procidência de colostomia. A morbidade foi de 13,7% e mortalidade ausente. As complicações mais freqüentes foram hematoma (7,8%) e infecção (3,9%) de ferida operatória e um caso de deiscência de anastomose (1,9%). Conclusão: não é necessário o estudo do cólon pré-operatório de forma rotineira no paciente portador de colostomia em alça, após lesão traumática. Descritores: Fechamento de colostomia, colostomia em alça, enema opaco, colonoscopia. É NECESSÁRIO O ESTUDO DO CÓLON NO FECHAMENTO DE COLOSTOMIAS?Trabalho
RESUMO: Os tumores carcinóides são neoplasias derivadas das glândulas de RELATO DO CASOJ.B, masculino, 43 anos, pardo, há 18 meses com prurido anal. O exame proctológico evidenciou lesão polipóide de 0,5 cm de diâmetro a sete centímetros da borda anal em parede anterior. A colonoscopia foi normal, sendo realizada, no mesmo ato, a polipectomia endoscópica (figura 1). O diagnóstico histo-patológico e imunohistoquímico, com citoqueratina 8 e 18 e cromogranina A, foi de tumor carcinóide bem diferenciado (figuras 2 e 3). Foi realizado estadiamento clínico com radiografia de tórax e TC de abdome e pelve que foram normais. Como complementação terapêutica, foi realizada ressecção endoanal da área de escara da polipectomia prévia, com exame histo-patológico demonstrando ausência de lesão residual.O paciente encontra-se em acompanhamento ambulatorial há 4 meses sem indícios de recidiva. DISCUSSÃOA incidência de tumor carcinóide retal é de cerca de 0,04% dos exames proctológicos, representando 1,3% de todos os tumores retais 1,2 . A localização retal do tumor carcinóide é a terceira mais comum no trato gastrintestinal, geralmente localizando-se de 4 a 13 cm da linha pectínea 1,2 . Há discreta predominância no sexo masculino, sobretudo entre a quinta e sétima décadas de vida [1][2][3] . Na metade dos casos o diagnóstico é um achado do exame proctológico; no entanto, podem ocorrer dor local, prurido anal, puxo, tenesmo e sangramento, a depender da localização, tamanho ou presença de ulceração da lesão [1][2][3]5 . As formas mais comuns de apresentação são ulceração ou nódulo submucoso de aspecto mamelonado; no entanto, podem surgir como simples pólipos ou tumorações indistinguíveis de adenocarcinoma 1 . Existe neoplasia sincrônica entre 7 e 32% dos pacientes e multicentricidade, variando de 0 a 3% 2 . Já as metástases ocorrem em cerca de 3% dos casos de tumores menores que 1 cm, 11% naqueles entre 1 e 2 cm e 74% nos maiores que 2 cm. A síndrome carcinóide (rash cutâneo, diarréia, hepatomegalia, lesões cardíacas e asma) é rara em se tratando de tumores retais 1,2,4,5 . O tratamento é baseado no tamanho da lesão, na presença de invasão da muscular própria ou de doença disseminada [1][2][3][4][5][6][7][8] . Para lesões com menos de 1 cm, a excisão endoanal é o tratamento mais adequado, já que a polipectomia endoscópica apresenta uma alta freqüência de recidiva quando não se utiliza a ultrassonografia endoscópica no estadiamento prévio da lesão [6][7][8] . Naqueles maiores que 2 cm, as ressecções retais estão indicadas e as lesões entre 1 e 2 cm devem ser tratadas de acordo com a presença ou não de invasão da muscular própria [1][2][3][6][7][8] . A sobrevida em 5 anos é de 81 a 92% nos doentes sem doença metastática, de 44 a 47% naqueles com comprometimento linfonodal e de 7 a 18% nos doentes com metástase à distância 2,3 . Figura 3 -Estudo imunohistoquímico cromogranina (40 x). Figura 2 -Coloração HE (40 x).ABSTRACT: Carcinoid tumors are neoplasms that arise from the Lieberkühn glands of the gastrointestinal tract, most freque...
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