A mulher passa por um importante processo de reformulação da imagem corporal quando lida com o câncer de mama. Este artigo objetiva a compreensão da relação que o câncer de mama e seus tratamentos têm no processo de (re)elaboração da imagem corporal das mulheres, visando assim ao fomento de subsídios para a formação e a capacitação de profissionais de saúde mais atentos à promoção da qualidade de vida delas. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura de artigos científicos publicados entre 2004 e 2009 disponíveis em três bases de dado; 56 artigos foram revisados e agrupados em quatro categorias. Destacamos a necessidade de mais estudos que contemplem características socioculturais de mulheres com câncer de mama, sobre diferenças na (re)elaboração da imagem corporal de mulheres jovens e de mulheres mais velhas, e de publicações brasileiras sobre a experiência pessoal e aspectos socioculturais específicos de mulheres com câncer de mama.
OBJECTIVE:To estimate the prevalence of intimate partner violence against women and identify factors associated.
METHODS:Cross-sectional study comprising 504 women aged 15 to 49 years users of fi ve primary care clinics in a municipality in the state of São Paulo, Southeastern Brazil, in 2008. Face-to-face interviews were carried out using a questionnaire consisting of 119 questions on sociodemographic information, reproductive health, perceptions of gender roles in the marital relationship and experience of violence. Univariate and multiple regression analyses were performed.
RESULTS:More than a third of the women reported intimate partner violence. In the multiple regression analysis factors predisposing to violence included living in rental housing, sexual abuse during childhood, the partner's experience of physical violence during childhood, alcohol and drug use by the woman and her partner, and woman's perception of her partner's temperament.
CONCLUSIONS:The factors identifi ed produced a predictive model that can be used to assess a woman's risk of experiencing intimate partner violence.
OBJECTIVE:Intimate partner abuse is a complex phenomenon and a public health problem and health care services are one of the places sought by women in this situation. The objective of this study was to assess the prevalence of violence against women attending a health care center.
METHODS:This study was carried out in a municipality of Southeastern Brazil, in 2003. A sample of 265 women, aged 18 to 49 years old, was interviewed using a questionnaire administered face-to-face. Violence was classified as psychological, physical, sexual and general. Statistical analyses utilized were exact logistic regression and Fisher's exact test.
RESULTS:Psychological violence, at least once in life, was reported by 41.5%, physical violence by 26.4%, and 9.8% reported sexual violence. "General violence", which refers to anyone of the above mentioned types of violence, was reported by 45.3% of the women, and, in 20.3% of the cases, they stated it had occurred during the last 12 months before the interview. However, when asked whether they had suffered any kind of violence in life, only 22.3% answered affirmatively. The multivariate analysis indicated that the risk factors for each type of violence were: drug use by the partner, socioeconomic status and family history of violence for both psychological and general violence; drug use by the partner, schooling and family history of violence for physical violence; and, socioeconomic status and family history of violence for sexual violence.
CONCLUSIONS:This study indicates that the prevalence of violence among women attending the health care center is high and consistent with the results of other investigations. It also suggests that most of the violence is invisible to the health care center.
IntroduçãoNo século XX, o comportamento sexual tornouse objeto de estudo empírico, afastando-se da classificação nosológica médica de crimes e perversões sexuais que abundaram no século anterior. Um desses marcos são os estudos de Kinsey, que na década de 1950 promovem essa ruptura ao desenvolver inquéritos populacionais sobre comportamento sexual na população geral, deixando assim de lado a idéia de "desvios sexuais" 1 . No Brasil, as pesquisas sobre comportamento sexual sofrem um incremento e interesse especialmente após o advento da AIDS. As mudanças sociais advindas após essa epidemia mobilizaram a comunidade acadêmica e se tornaram prioridade de pesquisa no campo sócio-antropológico 2 .Nesse aumento do interesse pelo tema, porém, prevaleceu, até o momento, o enfoque na sexualidade masculina 3 . A maior disponibilidade de tratamentos para disfunção erétil com intensa exposição da disfunção sexual masculina aumentou a procura de homens por consulta e tratamento, o que abriu caminho também para discussão da sexualidade feminina 4 . Contudo, embora haja cada vez mais estudos, ainda hoje pouco se conhece sobre a epidemiologia das disfunções sexuais femininas 5,6 , e poucos tratamentos estão disponíveis para as mulheres em comparação com os homens 7 .
ARTIGO ARTICLE 416Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 24(2):416-426, fev, 2008
OBJETIVOS: Várias são as políticas públicas no Brasil para o enfrentamento da violência contra a mulher. Registra-se na literatura que os profissionais de saúde acham o tema de difícil abordagem. Para melhorar o atendimento no SUS em Ribeirão Preto, realizou-se um estudo para avaliar o conhecimento e a atitude dos profissionais de saúde em relação à violência de gênero. MÉTODOS: Contataram-se 278 profissionais de saúde, dos quais 221 foram entrevistados utilizando-se um questionário estruturado. RESULTADOS: 51 (23,0%) eram enfermeiras e 170 (77,0%) médicos; 119 (53,8%) homens e 102 (46,2%) mulheres, com idade média de 38,6 anos; 200 (90,5%) consideravam-se brancos ou asiáticos e 21 (9,5%) pretos e pardos. Tinham em média 12,5 anos de vida profissional e 158 (68,8%) eram oriundos de universidade pública. Apenas pouco mais da metade (58,7%) mostrou conhecimento geral adequado (bom e alto) sobre a violência de gênero, o que indica a necessidade de capacitar os profissionais para este atendimento. Em relação às barreiras para averiguar a violência, os profissionais citaram a falta de uma política institucional e o silêncio da mulher que não revela a violência. Os entrevistados, em particular as mulheres jovens, apresentaram atitudes mais favoráveis para o acolhimento da mulher em situação de violência. CONCLUSÕES: A maioria dos entrevistados demonstrou atitudes positivas e podemos inferir que há bom potencial para o manejo adequado dos casos, se receberem capacitação.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.