Este estudo pretendeu examinar as diferenças em complexidade apresentadas por diferentes contextos ortográficos na aquisição da ortografia da língua portuguesa. Crianças da 2ª e 4ª séries do ensino fundamental realizaram um ditado de palavras de baixa freqüência de exposição que incluía regras de natureza morfossintática (sufixos esa, oso e eza) e regras contextuais (usos do r e rr e da nasalização antes de consoantes). Observou-se uma hierarquia na aprendizagem de cada uma das regras ortográficas estudadas. Apesar da suposição de que as crianças teriam melhor desempenho nas regras contextuais do que nas morfossintáticas, os itens mais fáceis não se constituem apenas das regularidades contextuais: os sufixos esa e oso são, juntamente com regularidades contextuais, os aspectos ortográficos mais fáceis. Embora as crianças da 4ª série apresentarem um maior número de acertos no ditado, as dificuldades encontradas na escrita em relação aos vários contextos ortográficos são similares para ambas as séries.
A relação da tarefa de erro intencional com o desempenho ortográfico da criança considerados os aspectos morfossintáticos e contextuais da língua portuguesa 1 Elisabet Meireles Jane CorreaUniversidade Federal do Rio de Janeiro ResumoEste estudo examina a eficácia da tarefa de erro intencional em predizer o desempenho ortográfico de crianças cursando a 2 a e 4 a séries do ensino fundamental. A tarefa de erro intencional consiste na transgressão proposital que a criança faz sobre sua produção escrita. Com isto seria possível avaliar o nível de conhecimento ortográfico da criança uma vez que para cometer intencionalmente um erro ortográfico seria necessário certo domínio da norma. Três regras ortográficas em Português foram investigadas: uma regra morfossintática (emprego dos sufixos oso, esa e eza) e duas regras de contexto (uso do R e do RR; nasalização diante de consoantes). Os resultados indicaram que a escolaridade está relacionada tanto ao desempenho ortográfico das crianças quanto à sua competência em transgredir intencionalmente a norma. A tarefa de erro intencional, por sua vez, fornece informação sobre o nível de conhecimento ortográfico que as crianças possuem nos contextos ortográficos que estas consideram como problemáticos.Palavras-chave: erro intencional; ortografia; escrita AbstractThe relationship between the intentional misspelling task and children's spelling skills considering the morphosyntactic and contextual rules in Brazilian Portuguese. This study examines the effectiveness of the intentional misspelling task in predicting 2 nd and 4 th graders' orthographic knowledge. The intentional misspelling task consists in the intentional spelling mistakes made by children in their written production. Therefore it is possible to evaluate children's orthographic knowledge since some knowledge of the orthographic rules is necessary to make intentional spelling mistakes. Three spelling rules in Brazilian Portuguese were investigated: a morphosyntactic rule (the use of the suffixes esa, oso and eza) and two contextual rules (the use of R and RR; the nasalization before consonants). The results indicated that schooling is related both to children's spelling skills and to their competence in making intentional spelling errors. On the other hand, the intentional misspelling task gives us useful information about children's orthographic knowledge in the orthographic contexts they consider to be problematic.Keywords: intentional misspelling; orthography; writing A aprendizagem da ortografia é muito mais do que a simples memorização de regras (Treiman, 2004). Implica a compreensão e domínio de princípios gerativos, ou seja, regras que vão determinar a grafia das palavras. A ortografia da Língua Portuguesa, por exemplo, possui diversas facetas que devem ser levadas em conta, já que suas regras não são de uma mesma natureza e envolvem diferentes competências para sua aquisição. Aspectos fonológicos (Guimarães, 2003;Rego & Buarque, 1997), morfológicos (Mota, Moussatchè, Castro, Moura, & D'Angelis, 2000;Nunes, 199...
This study examines qualitative differences in children '
ResumoInvestiga-se o entendimento intuitivo que crianças entre 5 a 7 anos de idade têm da divisão partitiva envolvendo quantidades contínuas em tarefas em que tenham que estimar o valor relativo dos quocientes em vez de calcular o seu valor absoluto. Foi observado progressivo desenvolvimento com a idade das habilidades das crianças em lidar com a relação de ordem inversa entre divisor e quociente. Importantes mudanças acontecem, também, em relação aos tipos de justificativas de resolução da tarefa. Há um aumento com a idade da porcentagem de justificativas que fazem menção a fatores que são matematicamente relevantes à solução do problema, decrescendo a freqüência de respostas sem justificativas ou acompanhadas por justificativa arbitrária. Os resultados indicam que a experiência em estabelecer comparações entre partilhas idênticas precede e parece constituir experiência fundamental à criança para a compreensão das relações entre os termos envolvidos na operação de divisão, principalmente no julgamento das relações de covariação inversa.Palavras-chave: divisão partitiva, quantidades contínuas, aritmética.
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