O objetivo deste trabalho é conhecer a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica associada ao COVID-19 (SIM-P) e alertar profissionais de saúde sobre a importância do diagnóstico e condutas precoces. Esse estudo trata-se de uma revisão integrativa de literatura, utilizando artigos nacionais e internacionais dos seguintes bancos de dados: PUBMED, SciELO e Clinicalkey. Sabe-se que a COVID-19 é uma doença altamente contagiosa que rapidamente se tornou um problema de saúde pública mundial. Desde o início da pandemia, os idosos e portadores de comorbidades fazem parte do grupo de risco. Enquanto, as crianças, normalmente, são assintomáticas e preocupam mais pelo fato serem consideradas um reservatório do vírus, podendo transmiti-lo. No entanto, recentemente, foram notificados casos infantis que tiveram uma evolução atípica. A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica associada ao COVID-19 foi relatada pela primeira vez na Europa como uma doença que ocorre semanas após a fase aguda da infecção pelo SARS-COV-2. As manifestações clínicas e as características laboratoriais dessa doença são semelhantes a outras doenças inflamatórias presentes na pediatria como a Síndrome de Kawasaki típica, Kawasaki incompleta, síndrome do choque tóxico, sepse bacteriana e síndrome de ativação macrofágica. Diferentemente do que é observado nas demais doenças inflamatórias, a SIM-P afeta preferencialmente crianças maiores que 5 anos, afrodescendentes, além de apresentar uma maior incidência de disfunção cardíaca. O tratamento deve envolver ações multidisciplinares e ser precoce a fim de minimizar as complicações associadas a essa patologia, principalmente cardíacas e, assim, diminuir a mortalidade.
Introdução: A pandemia pela COVID-19 é menos incidente na população pediátrica quando comparada à adulta, sendo apenas 2% dos casos abaixo dos 20 anos. Recentemente, a infecção pelo SARS-CoV-2 em crianças e adolescentes está sendo associada a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), doença de Kawasaki-like. Objetivo: Relatar a ocorrência de uma das apresentações clínicas da COVID-19 na infância, a SIM-P, ressaltando suas manifestações clínicas, laboratoriais e manejo clínico. Descrição do Caso: Feminina, 9 anos, admitida com dor abdominal e febre há três dias, além de contato domiciliar com infectado pelo SARS-CoV-2 nos últimos 30 dias. Encontrava-se febril, com sobrepeso e abdome distendido em região epigástrica. Evoluiu com máculas eritematosas em dorso, edema e fissuras labiais, artralgia, mialgia, vômitos, hemorragia subconjuntival, língua em framboesa, sudorese, taquidispneia e tonteira. Exames com hemoglobina de 11,4 g/dL, 4.200 leucócitos, proteína C reativa de 18 mg/dL, tomografia computadorizada de tórax com pequenos linfonodos no espaço pré-vascular. Recebeu 1,5 mg/kg/dia de Imunoglobulina Humana com rápida regressão e melhora clínica. Discussão: A SIM-P ocorre em dias a semanas após uma infecção aguda pelo SARS-CoV-2. Suas manifestações clínicas se assemelham à doença de Kawasaki. Na maior parte dos casos, o teste de SARS-CoV-2 PCR é positivo demonstrando infecção recente, ocorrendo em crianças mais velhas, com marcadores inflamatórios exuberantes e disfunção de múltiplos órgãos. Conclusão: Estudos epidemiológicos e clínicos adicionais são necessários para melhor compreensão da fisiopatologia dessa nova síndrome. Embora rara, é necessário alertar a comunidade pediátrica, para ampliar e otimizar o reconhecimento com tratamento precoce da mesma.
Objetivo: Caracterizar os achados clínicos e laboratoriais de pacientes pediátricos hospitalizados por Dengue, em período endêmico. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, incluindo pacientes pediátricos hospitalizados no período de 1º de abril a 31 de julho de 2010 com suspeita diagnóstica de dengue. Foram adotadas as normatizações da Organização Mundial de Saúde (2007) para definição de dengue clássico e hemorrágico. Variáveis analisadas: manifestações clínicas, hemoconcentração, leucometria, transaminases, sinais radiológicos e sonográficos de extravasamento plasmático. Foi criado um banco de dados com determinações das freqüências das variáveis. Resultados: Dor retroorbitária foi referida em 25,6% (10/39); mialgia em 66,7% (26/39); artralgia em 15,4% (6/39); cefaléia em 71,8% (28/39); exantema em 33,3% (13/39); hemorragias em 7,9% (7/39); e vômitos em 69,2% (27/39). A hemoconcentração foi verificada em 48,7% (19/39); leucopenia em 53,8% (21/39); AST elevada em 53,8% (21/39); e alterações sonográficas e radiológicas sugestivas de dano capilar em 77,8% (14/18). Conclusão: As manifestações clínicas correspondem às que fazem parte da definição de caso, chamando atenção a elevada frequência dos vômitos. Metade dos casos foi da forma hemorrágica, exigindo intervenção precoce e eficiente de forma a reduzir a morbiletalidade e confirmando o novo perfil epidemiológico da dengue em nosso país.
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