RESUMO:Platão, ao tratar da negação no diálogo Sofista, afirma que sempre que enunciamos o que não é, não enunciamos algo contrário ao que é, mas algo diferente. A negação significa cada parte da natureza da diferença em antítese ao que é. Tal tratamento da negação resulta da necessidade de resolver alguns problemas colocados pelo eleatismo. Propõe-se indicar esses problemas e examinar o tratamento que Platão dá ao não-ser como diferença. PALAVRAS-CHAVE:Platão. Ontologia. Linguagem. Negação.No Sofista, Platão apresenta um tratamento da negação em termos de diferença que resulta da necessidade de resolver problemas colocados por Parmênides e por aqueles que trataram a questão do ser e do não-ser, segundo a ontologia e a lógica eleatas, entre eles Protágoras e Antístenes. Estes pensadores, embora não sejam diretamente citados por Platão, representam o eixo central da discussão sobre a predicação e a negação no Sofista. A questão da negação enfrentada pelo Estrangeiro de Eleia remonta ao conceito eleata de não-ser como não-ser absoluto, exterior e impermeável ao ser, o que traz importantes dificuldades para o lógos que pretende dizer o que é. Atacar essa noção de não-ser e reformulá-la, no entanto, conduz a uma série de *
Resumo: O Parmênides é conhecido como o diálogo em que Platão faz uma crítica de sua teoria das formas. Através de paradoxos, a personagem Parmênides critica a teoria das formas apresentada por Sócrates no diálogo, tendo como alvo a relação que as formas mantêm com os sensíveis e entre si, chamada de participação, e as consequências discursivas dessa relação. Eu apresento uma leitura do Parmênides que sugere que a autocrítica platônica aponta inconsistências na teoria da participação tal como ela é apresentada no Parmênides e que serão corrigidas posteriormente no Sofista.
RESUMO:O "parricídio" que Platão apresenta no Sofista não pretende ser uma negação completa da ontologia de Parmênides, mas a crítica do princípio de não-contradição postulado por Parmênides em seu Poema, que interdita a união entre ser e não-ser. Após a exposição das dificuldades discursivas a que esta interdição conduz, Platão admite uma ontologia que associa ser e não-ser do mesmo modo como eles estão associados no plano discursivo. PALAVRAS-CHAVE: Platão; Parmênides; discurso; ontologia. IntroduçãoNo Sofista, a crítica que Platão faz à ontologia de Parmênides recebe a dramática caracterização de "parricídio". Parricídio este que, no entanto, foi muito menos trágico do que o próprio termo "parricídio" pretende parecer, tendo em vista a herança que Platão conservou do "pai". Porque se Platão, por um lado, recusou a ontologia de Parmênides, por outro lado preservou um dos seus princí-pios fundamentais. Na verdade, Platão recusou a ontologia eleata para preservar um de seus princípios fundamentais, que remete à própria possibilidade da filosofia.O "parricídio" é apresentado no Sofista como uma necessidade para que se possa estabelecer as condições de possibilidade do discurso filosófico. Em uma exposição cuidadosa, Platão mostra as conseqüências discursivas da ontologia eleata, que, da maneira como são apresentadas, parecem desastrosas.Paradoxalmente, Parmênides se torna um aliado dos sofistas em um confronto que envolve duas concepções de discurso. A primeira, defendida por
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