<p>O objetivo desse artigo é analisar o significado que a palavra “sertão” assume em alguns textos produzidos no século XIX – em especial no romance O sertanejo, de José de Alencar. Partindo do pressuposto de o sertão ser, além de uma região geográfica, um espaço ficcional constituído pelas diversas narrativas que foram forjando suas imagens ao longo do tempo, procuro determinar como dicionaristas, viajantes e romancistas compreenderam esse termo e caracterizaram esse espaço em seus textos.</p><p>This paper aims to analyze the meaning of the word “sertão” (usually translated as “the backland”) in some texts written in the nineteenth-century — specially in “O sertanejo”, a novel by José de Alencar. Beginning with the theory that the “sertão” is an imaginary place in literature created over time by various narratives, I have tried to identify how some lexicographers, travellers and novelists understood this word and depicted this space in theirs works.</p>
Resumo"Parece que nos aproximamos de uma temível revolução na história do saber, em que ele, deixando de ser pensado, meditado, refletido e discutido por seres humanos, integrado na investigação individual e de sabedoria, se destina cada vez mais a ser acumulado em bancos de dados, para ser, depois, computado por instâncias manipuladoras, o Estado em primeiro lugar." Edgar Morin (Ciência com Consciência, 1999, p. 17). INTRODUÇÃOA ciência da informação (CI) tem sido estudada e analisada no Brasil por inúmeros autores, seja a partir de sua gênese na biblioteconomia, ou de outros elementos que, na história de seu desenvolvimento, a ela se incorporaram e passaram a ser objeto de estudo da nova disciplina.Entretanto, em nosso entender, os fatos políticos que conformaram a sociedade nesses quase 50 anos de vida da ciência da informação no Brasil foram fundamentais para seu perfil atual e continuam sendo importantes na definição dos caminhos que a disciplina vem trilhando e poderá seguir no futuro.Fundamental tem sido, na curta história da CI no Brasil, o papel do Estado, que foi o indutor de sua implementação, sem que possamos, entretanto, desconsiderar o importante trabalho empreendido por alguns atores que influenciaram, de forma marcante e mesmo decisiva, o delineamento da proposta e o arcabouço teórico que lhe deu a conformação atual.A CI, como qualquer atividade científica, deve ser analisada dentro do contexto em que se desenvolve, pois "o poder em migalhas no nível da investigação encontrase reconcentrado no nível dos poderes econômicos e políticos" (Morin, 1999), que, em última instância, são os poderes que, a partir das "migalhas de informação", constroem os cenários para determinar os caminhos que deverão ser percorridos pela ciência e pelos cientistas.
Resumo: O objetivo deste artigo é analisar as ideias desenvolvidas por Joaquim 1Quando se enfrentaram na polêmica travada nas páginas de O Globo, em 1875, Joaquim Nabuco e José de Alencar se encontravam em posições e momentos opostos no que diz respeito a suas vidas particulares e a suas carreiras profissionais. O jovem Nabuco, filho do eminente senador José Tomás Nabuco de Araújo, chegara havia um ano de uma viagem à Europa e procurava, um pouco a esmo, iniciar uma carreira na corte, buscando alternativas à política, na qual seu pai insistia que ele ingressasse. Anos depois, ao recordar essa fase de sua vida, observou que a experiência europeia havia arrefecido seu interesse pelas disputas partidárias, dando asas às veleidades literárias: "Como se vê, bem pouco do político dominante restava depois dessa primeira viagem à Europa; eu trocara em Paris e na Itália a ambição política pela literária: voltava cheio de ideias de poesia, arte, história,
<p>Este artigo pretende discutir a análise das cantigas populares desenvolvida por José de Alencar em <em>O nosso cancioneiro </em>(1874). Num primeiro momento, procura-se demonstrar que o autor, lançando mão de conceitos oriundos da retórica, classifica as canções do <em>Boi Espácio </em>e do <em>Rabicho da Geralda </em>no gênero épico e identifica dois ornatos utilizados para dotar o boi de estatura mítica: a hipérbole e a amplificação. Num segundo momento, verifica-se como Alencar incorporou temas e procedimentos estilísticos identificados nessas canções em <em>O sertanejo </em>(1875), romance redigido simultaneamente ao estudo sobre o cancioneiro popular cearense.</p> <p>Ce travail a comme objectif discuter l’analyse des chansons populaires faite par José de Alencar dans <em>O nosso cancioneiro </em>(1874). Premièrement, nous essayons de montrer que l’auteur, en utilisant des concepts de la rhétorique, classifie les chansons <em>Boi Espácio </em>et <em>Rabicho da Geralda </em>dans le genre épique. Il identifie deux ornements utilisés pour convertir le boeuf dans un mythe: l’hyperbole et l’amplification. Ensuite, nous vérifions comment Alencar a utilisé ces deux procédés stylistiques dans <em>O sertanejo </em>(1875), romam écrit en même temps que <em>O nosso cancioneiro</em>.</p>
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.