O número de variedades de tangerinas utilizadas economicamente é muito restrito, apesar da importância comercial deste grupo de citros. O Banco Ativo de Germoplasma de Citros do Centro de Citricultura Sylvio Moreira/IAC possui em torno de 383 acessos de tangerineiras e híbridos, os quais têm sido estudados sob o ponto de vista botânico, genético e agronômico. Este trabalho visa descrever por meio de 38 caracteres morfológicos, os frutos das tangerineiras Satsuma Unshiu Wase, Clementina, Mel, Portuguesa, Natsu Mikan, Dancy, Cascalho, Campeona, Mexerica-do-Pará e Mexerica-do-Rio. Foram coletados 30 frutos maduros de cada acesso, sendo 10 frutos por planta, num total de 3 plantas por acesso. As tangerineiras, enxertadas sobre tangerineira Cleópatra e espaçadas de 7,5 m entre linhas por 5,5 m entre plantas, foram estudadas com 8 anos de plantio (safra 1994). Foi observada variabilidade fenotípica acentuada entre os acessos estudados, para a maioria dos caracteres avaliados e verificou-se que muitos caracteres agronômicos desejáveis encontram-se dispersos entre os acessos analisados, podendo vir a ser aproveitados em programas de melhoramento. A análise de agrupamento dos acessos através dos caracteres avaliados quantitativamente pode fornecer indicativos sobre as distâncias filogenéticas entre os diferentes genótipos.
Uma vez que a polinização é um dos pontos decisivos para o crescimento e desenvolvimento do fruto, contribuindo com os gametas masculinos para a fecundação e determinando, na maioria das vezes, a fixação dos frutos em citros, torna-se necessário conhecer o grau de esterilidade masculina nas diferentes variedades de laranja doce para sua possível utilização em programas de melhoramento. A esterilidade é limitante para programas que envolvam a hibridação sexual, por outro lado possui sua importância econômica em citros induzindo menor número de sementes por fruto em certas variedades. Com a finalidade de caracterizar 44 variedades de laranja doce (Citrus sinensis [L.] osbeck) quanto à viabilidade do pólen, foram coletadas anteras das variedades enxertadas sobre tangerineira Cleópatra. As variedades estudadas pertencem aos principais grupos de laranja doce: com acidez (como a laranja 'Pêra'), de baixa acidez (como a laranja 'Lima'), com umbigo (como a laranja 'Bahia') e sangüíneas (como a laranja 'Rubi Blood'). O percentual de pólen viável foi avaliado por meio da coloração com carmim acético a 25% e contagem sob microscópio ótico. Foram observados valores que variaram desde 12,0% para a 'Pêra Sem Sementes' até 88,8% para a variedade 'Hamlin Reserva'. Os clones de laranja 'Hamlin' mostraram maior percentual de pólen viável. Não foi observada presença de pólen para as variedades produtoras de laranjas de umbigo, originadas da variedade Bahia. As variedades 'Pêra', 'Valência' e 'Natal', as quais são as principais cultivares da citricultura paulista e nacional, apresentaram baixos percentuais de pólen viável.
RESUMO
A esterilidade é limitante para programas que envolvam a hibridação sexual, mas por outro lado tem importância econômica em citros por resultar em menor número de sementes por fruto em certas variedades. A variedade Pêra é a mais plan
A poliembrionia é uma das principais limitações para os programas de melhoramento convencional, via hibridação sexual, em Citrus, ao lado do longo ciclo reprodutivo e longo período juvenil, uma vez que dificulta o reconhecimento de possíveis híbridos. Com a finalidade de verificar a taxa de poliembrionia em clones de laranja 'Pêra' e variedades assemelhadas, foram quantificados os embriões observados nas sementes e em sementeira e suas relações com o número, massa e taxa de germinação de sementes. A variedade Pêra, clone EEL, apresentou menor número médio de embriões por semente (1,4); a maioria dos genótipos, de 2 a 4 embriões por semente e a `Pêra Premunizada-1212', o maior valor médio (6,2 embriões por semente). A `Pêra Vimusa' apresentou 70,8% de germinação de sementes; os demais genótipos, valores inferiores a 50% de germinação. Em geral, o número médio de embriões por semente germinada variou de 1,3, para as variedades Redonda e Lamb's Summer, até 2,3, para a `Pêra GS-2000'. Todos os genótipos apresentaram de média a elevada taxa de poliembrionia.
A espécie de laranjas doces (Citrus sinensis [L.] osbeck) é citada como sendo autógama. No entanto a alogamia tem sido demonstrada pelo aumento da produção de frutos com o uso de polinizadores eficientes, assim como pela existência de bons híbridos inter-específicos e ausência de bons híbridos intra-específicos. Como os programas de melhoramento via hibridação sexual em laranja doce dependem de maiores estudos, buscou-se avaliar o prendimento de frutos em 34 diferentes variedades representativas da espécie, no banco de germoplasma de Citrus do Centro de Citricultura Sylvio Moreira do Instituto Agronômico de Campinas, sob diferentes tratamentos. Foi observado que 68% das variedades prenderam frutos sob polinização aberta, 15% sob auto-polinização, 35% após cruzamento com o tangeleiro Minneola e 15% delas apresentaram prendimento de fruto após o cruzamento com o citrangeiro Troyer. Apenas uma variedade prendeu fruto quando as flores foram emasculadas e protegidas. Foi ainda observado que sob polinização aberta ocorreu maior prendimento nas variedades que apresentaram os estigmas acima das anteras e em pistilos maiores. Estes dados podem ser indicativos da predominância de alogamia nestas variedades, nas quais a polinização mostrou ser importante para o prendimento de frutos.
pela ori en, tação, amizade e interesse por minha carreira científica. Ao Dr. Joaquim Teófilo Sobrinho, Diretor do Centro de Citricultura Sylvio Moreira do Instituto Agr onômico, e aos demais Pesquisadores e funcionários pela amizade e colaboração.
Às estudantes Bruna Gardenal Fina, Viviane Y oshie S ugahar a, Luciane Aparecida deOliveira e à técnica V aléria Xavier Paula Garcia pelo auxilio na coleta de dados em campo e laboratório. E ao FUNDECITRUS pela gratificação oferecida às auxiliares, de 1995 a 1996, pelo pro j eto de caracteriz.ação de clones de laran j a 'Pêra'.
RESUMOAvaliaram-se os desempenhos de seis genótipos de batata (Solanum tuberosum L.) quanto à produção de microtubérculos in vitro, a partir de segmentos apicais, empregando-se três diferentes meios de cultura e três épocas de avaliação (30, 60 e 90 dias). O meio de cultura BT2 contendo BAP (5,0 mg.L -1 ), sacarose (80 g.L -1 ) e Cycocel (500 mg.L -1 ) mostrou os melhores resultados quanto ao número total e à frequência de microtubérculos médios e pequenos induzidos in vitro. O BT1, suplementado com Kin (2,5 mg.L -1 ) e sacarose (60 g.L -1 ), foi eficiente somente para o cultivar Santé na produção de microtubérculos grandes, enquanto o BT3 mostrou resultados intermediários para os cultivares em estudo. A avaliação aos 90 dias foi a que melhor refletiu o desempenho dos cultivares nos meios de cultura utilizados.
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