Este estudo tem como objetivo dar voz a professores indígenas, estimulando-lhes uma reflexão acerca da construção de saberes em sua prática docente. Analisa-se como e quando esses saberes são construidos, observando-se a organização didática em classes multisseriadas, os materiais didáticos utilizados e o ensino das línguas indígenas. Os resultados da análise mostram que nas reflexões feitas por professores indígenas sobre as questões em pauta há uma valorização de sua formação acadêmica inicial, embora nelas esteja presente.
O presente artigo descreve a ocorrência de laringalização nas vogais da língua Tuparí (ISO 639-3), pertencente à família linguística Tuparí (tronco Tupí). Com a utilização de aparato técnico, metodológico e teórico da fonética acústica analisamos os dados disponíveis, o que possibilitou evidenciar a realização de traço laringal (glotal) nas vogais do Tuparí. Verificamos que a laringalização está presente nas vogais do sistema da língua e que é motivada principalmente pela contiguidade da consoante oclusiva glotal [Ɂ] a essas vogais. Parte dos dados usados foram obtidos junto a professores Tuparí na Terra Indígena Rio Branco, em 2018. Outros dados foram gravados em estúdio profissional, em 2016, na Universidade de Brasília.
O Livro Amazônia em Tópicos, que ora apresentamos em seu primeiro volume, pretende disponibilizar aos leitores e às leitoras os temas abordados na disciplina organizada pelo Núcleo de Estudos Amazônicos, do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, da Universidade de Brasília (NEAz/CEAM/UnB), denominada Tó picos Especiais sobre a Amazônia. Participaram da troca de conhecimentos e saberes em sala de aula, movimentos sociais, sindicatos e organizações com raízes na Amazônia que possibilitaram a aproximação à sua realidade vivida, à sua relação com a natureza e às suas lutas por melhoria de vida. Contribuíram com esse projeto do livro, docentes da Universidade de Brasília envolvidos com as temáticas da Amazônia, de Universidades e Institutos Federais dos estados da Amazônia brasileira e membros de organizações de apoio aos povos indí genas e comunidades tradicionais.
Descrevem-se os tipos de predicados não-verbais identificados até o presente na língua Tuparí, pertencente à família Tuparí do tronco Tupí (Rodrigues 1964, 1984-85, 1986). A análise tomou por base dados do Tuparí contidos em Rodrigues e Caspar (1957), em Alves (2004), e novos dados coletados em 2011 e 2016 em Brasília, em 2013 em Ji-Paraná, e em 2017 e 2018 na Terra Indígena Rio Branco. A análise referencia-se nas tipologias de predicados propostas por Payne (1997) e por Dryer (2007). O artigo contribui com os estudos linguísticos sobre a língua Tuparí, abordando um tema ainda muito pouco estudado no âmbito dessa língua.
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