O ensino de História está contido e constitui a cultura escolar e, como tal, configura amplo campo de pesquisa. No panorama atual é possível identificar diversos estudos que se debruçam em novas formas de ensinar História, inclusive, o diálogo envolvendo cinema. Cientes disso, pretende-se neste trabalho promover investigação científica baseada em levantamento bibliográfico e entendimento dos trabalhos dedicados ao diálogo entre ensino de História e cinema publicados nos Anais do Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino de História (ENPEH), ao longo do período de 1995 a 2013, visando compreender características desse campo/lugar social de pesquisa, por meio de análise indiciária dos autores, tendo em vista exploração do currículo lattes. A pesquisa apresenta abordagem quali-quantitativa, natureza aplicada e concilia descrição e explicação, valendo-se para isso de investigações bibliográficas e documentais.
Este trabalho verificou que o ensino da educação ambiental não escapa das grandes narrativas: Parmenídica, que influenciou o positivismo, Heraclitiana, que influenciou a dialética, bem como do discurso Sofista, que está influenciando o discurso pós-moderno. Pelo viés positivista, a educação ambiental seria considerada naturalística, que visaria apenas a intervenções no meio ambiente natural. Para o viés pós-moderno, a educação ambiental seria uma forma de religar o homem à natureza. Essas correntes não tecem críticas internas ao sistema capitalista. Já a dialética marxista se configura como um dos únicos meios sanos de se propor uma nova educação ambiental que seja crítica ao sistema capitalista, contribuindo pra a edificação de uma nova sociedade.
O presente artigo tem por objetivo analisar como os conteúdos de ciências de documentos curriculares brasileiros propõem o desenvolvimento da Educação Ambiental e da cidadania. Os documentos pesquisados foram os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Terceiro Ciclo do Ensino Fundamental e a Base Nacional Comum Curricular para o sexto e sétimo ano do Ensino Fundamental. Utilizando a abordagem qualitativa, foi feita a seleção de trechos relacionados a temática ambiental e posterior análise crítica desses. Os resultados indicam que os documentos pouco contribuem para a Educação Ambiental, pois eles se restringem em propor uma abordagem sistematizada, vaga e conteudista desta. Dessa forma, pouco se oportuniza aos estudantes o desenvolvimento da cidadania, ou seja, a experiência e o entendimento de que as práticas sociais, desenvolvidas coletivamente, são o que efetivamente contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e mais sustentável. Concluindo, os conteúdos de ciências de ambos os documentos se apresentam como uma forma de desenvolver trabalhadores que reproduzem o modelo de sociedade atual que é pautada na desigualdade e na exploração e desvalorização do meio ambiente.
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