Durante a Modernidade, a história se tornou disciplinarizada e ganhou o status científico que lhe atribuímos hoje. Nesse período, surgiram regras e condições para que um trabalho fosse classificado como historiográfico, sendo aplicadas a textos de diferentes lugares e tempos. O problema interpretativo de tal posicionamento é abordado neste artigo, a partir da história dos conceitos (Begriffsgeschichte), por meio de uma análise do “Livro XII” de Políbio de Megalópolis, uma fonte histórica privilegiada para compreender como se fazia história na Antiguidade. Após nos determos brevemente sobre o gênero historiográfico polibiano e os domínios de sua epistemologia, corroboramos a tese de que a moderna classificação da história da historiografia é excludente e contradiz o próprio historicismo ao aplicar critérios modernos a trabalhos não pertencentes a essa delimitação espaço-temporal, praticando uma espécie de anacronismo ao julgar a historiografia antiga a partir da ótica da historiografia moderna.
Considerando a importância, pertinência e eficácia do estudo de temáticas relacionadas com as culturas clássicas para ampliação do repertório histórico, social e cultural, bem como do desenvolvimento do pensamento crítico e da ampliação das competências linguísticas de seus estudantes, e tendo em vista a aproximação entre universidade, educação básica e comunidade, uma previsão da constituição federal brasileira, do PNE – Plano Nacional de Educação 2014-2024 e do PDI – Plano de Desenvolvimento Institucional da FURB – Universidade de Blumenau, o projeto Paideia teve por objetivo promover um curso de iniciação ao estudo da cultura e do idioma grego antigo na cidade de Blumenau, Santa Catarina. O curso nasceu de uma parceria entre o LABEAM – Laboratório Blumenauense de Estudos Antigos e Medievais da FURB e da ETEVI – Escola Técnica do Vale do Itajaí e, a partir do método Aprendendo Grego, da Joint Association of Classical Teachers, permitiu que acadêmicos de graduação e pós-graduação de todas as áreas do saber da Universidade, estudantes da ETEVI, da rede de educação básica dos ensinos fundamental e médio da região, membros da comunidade do Vale do Itajaí e demais interessados pudessem ter a oportunidade de estudar, em nível básico e introdutório, a cultura e o idioma grego antigo. Este artigo tem por objetivo socializar de forma problematizadora os resultados do projeto.
Titus Flavius Clemens, ou simplesmente Clemente de Alexandria, que liderou a chamada “Escola Catequética” da cidade de Alexandria entre os anos de 188 e 201 E.C., fez inúmeras referências ao poeta grego Homero em suas obras, sobretudo no Paedagogus e no Stromata. A partir da análise específica de 47 fragmentos destas duas obras, foi possível perceber diversas menções a Homero como alguém que teria sido educado entre bárbaros e que seria tanto um propagador da fé hebraica quanto um continuador dos discursos hebraicos entre os gregos. Considerando isso, o artigo buscou compreender como essa imagem homérica foi definida e trabalhada de modo a colaborar para sistematização da narrativa clementina, entrelaçando questões filosóficas, teológicas e educacionais.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.