<p><br />A primeira versão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), anunciada em setembro de 2015 e publicada em 2016, objetivava padronizar o ensino no Brasil, apontando temas que deveriam corresponder a 60% da carga horária do Ensino Fundamental e Médio. Na área de História, as intepretações apresentadas geraram grande polêmica, uma vez que duas categorias importantes para o trabalho do historiador, tempo e espaço, foram insuficientemente abordadas. O texto inicial da BNCC praticamente excluiu, dentre outras áreas, a História Antiga do currículo sugerido, provocando respostas imediatas. No âmbito de tal debate, professores (as) de História Antiga manifestaram-se, sobretudo a partir de artigos científicos, redes sociais e mídia, respondendo, de certa maneira, a pergunta: História Antiga para quê? Este artigo analisa tais intervenções de modo a tentar compreender quais justificativas foram apresentadas naquela ocasião para a permanência de História Antiga em um currículo nacional. </p><p><strong>Palavras-chave:</strong> História Antiga. Currículo. BNCC.</p><p> </p><strong><em>THE TEACHING OF ANCIENT HISTORY IN BRAZIL AND THE BNCC DEBATE</em></strong><br /><p><strong>Abstract</strong>: The first version of the National Curricular Common Base, announced in September 2015 and published in 2016, aimed to standardize teaching in Brazil, pointing out themes that should correspond to 60% of the hours of primary and secondary education. In History, it was all, but controversy, since two important categories to the historian's work, time and space, were insufficiently approached. Initially, among other areas, Ancient History was excluded of the suggested curriculum, which caused immediate criticism. In the context of such a debate, teachers of Ancient History addressed the subject on academic papers, social networks and the media. In a certain way, all of them answered the question: Ancient History, what for? This article analyzes these interventions in order to comprehend what justifications were presented at that time for the permanence of Ancient History in a national curriculum.</p><p><strong>Keywords</strong>: Ancient History. Curriculum. BNCC.</p><p><strong><br /></strong></p><strong><em>LA ENSEÑANZA DE HISTORIA ANTIGUA EN BRASIL Y EL DEBATE DE LA BNCC</em></strong><p><strong>Resumen</strong>: La primera versión de la Base Nacional Común Curricular, anunciada en septiembre de 2015 y publicada en 2016, objetivaba estandarizar la enseñanza en Brasil, apuntando temas que deberían corresponder a 60% de la carga horaria de la Enseñanza en el Fundamental y Medio. En Historia, las interpretaciones presentadas generaron gran polémica, ya que dos categorías importantes al trabajo del historiador, tiempo y espacio, fueron insuficientemente abordadas. El texto inicial de la BNCC prácticamente excluyó, entre otras áreas, la Historia Antigua del currículo sugerido, provocando respuestas inmediatas. En el marco de tal debate, los profesores de Historia Antigua se manifestaron, sobre todo a partir de artículos científicos, redes sociales y medios digitales, respondiendo la pregunta: Historia Antigua para qué? Este artículo analiza estas intervenciones para intentar comprender qué justificaciones se presentaron en aquella ocasión para la permanencia de la Historia Antigua en un currículo nacional.</p><p><strong>Palabras clave</strong>: Historia Antigua. Currículo. BNCC.</p>
De tablet para tablet -novas ferramentas para a pesquisa e o ensino da história das culturas cuneiformes na era digital 1 Resumo A chamada era digital tem possibilitado formas de diálogo e interação que outrora sequer poderíamos imaginar; sem dúvida, uma nova realidade para várias subáreas da História Antiga. Ampliaram-se as possibilidades para a pesquisa e o ensino da história das culturas cuneiformes, principalmente em países com pouca tradição acadêmica nesta área específica, como é o caso do Brasil. Afastados das grandes universidades e principais centros de estudo, professores e estudantes desafiam limitações financeiras, impedimentos burocráticos e barreiras linguísticas para ter acesso ao que de mais atual vem sendo produzido neste campo, no qual a sistematização digital das informações se tem constituído em ferramenta decisiva para auxiliar os interessados na temática. Apesar disso, dos 74% deprofessores brasileiros de História Antiga que pesquisam ou Grécia ou Roma, apenas 2,17% são assiriólogos. O objetivo deste artigo é discutir algumas destas questões.Palavras-chave: Cultura Cuneiforme -História; História Antiga -estudo e ensino; Internet na educação.
RESUMO: A área de História Antiga se desenvolveu muito nas últimas décadas no Brasil, o que pode ser percebido tanto pela quantidade de pesquisadores dedicados aos estudos deste período histórico específico quanto pela qualidade das reflexões produzidas sobre ele. O objetivo deste artigo é realizar uma análise sistemática desta produção acadêmica a partir dos dados fornecidos pela Plataforma Lattes, o que nos permitirá compreender algumas questões importantes para a área, como, por exemplo, o que tem sido pesquisado sobre História Antiga no país recentemente. PALAVRAS-CHAVE: História
Resumo: Narrativas acerca da mitologia grega ou romana, bem como aquelas de caráter épico, envolvendo batalhas e heróis, não se encerraram na Antiguidade. Ao contrário, foram, com frequência, elaboradas no mundo chamado pós-clássico. Dentre as variantes desta tradição textual está o ciclo literário conhecido como matéria troiana, amplamente divulgado em toda Europa. A partir de um dos principais textos que integram este ciclo, a Togail Troí, uma "tradução" da De Excidio Troiae Historia para a língua irlandesa contida no Book of Leinster, o objetivo deste artigo é apresentar algumas reflexões sobre a relação entre a Tradição Clássica e o desenvolvimento das línguas vernáculas na Early Christian Ireland.Palavras-chave: Tradição Clássica; Early Christian Ireland; Escrita Vernacular; Matéria Troiana; Togail Troí.Abstract: Stories about Greek and Roman mythology, as well as those of epic character, involving battles and heroes, not stopped to be written in Antiquity. Instead, they were often developed in the so-called Post-Classical World. Among the variants of this textual tradition there is the literary cycle known as Trojan matter, widely spread throughout Europe. From one of the main texts of this cycle, the Togail Troí, a 'translation' of De Excidio Troiae Historia into the Irish language contained in the Book of Leinster, the aim of this article is to present some considerations about the relationship between the Classical Tradition and the development of vernacular writing in Early Christian Ireland. apresentam algum tipo de vínculo com a épica grega atribuída a Homero pode ser denominado como ciclo troiano, ou matéria troiana, e é um dos mais antigos da história da Literatura. Key-words:De todas as narrativas que integram esta matéria troiana a que interessa diretamente aos propósitos deste artigo, como já mencionado no primeiro parágrafo, é a intitulada Togaíl Troí, adaptação para a língua irlandesa da De Excidio Troiae Historia, um texto elaborado na Antiguidade Tardia, "tradução" de um suposto relato acerca da destruição de Tróia atribuído a Dares Phrygius. Sobre esta obra irlandesa, Aida Breen afirma que ela "é a tradução vernacular mais antiga de uma obra reconhecidamente pseudoclássica da literatura" (BREEN, 2005, p. 89). Togaíl Troí e, por conseguinte, a matéria troiana, são fundamentais, então, para a história da língua e da literatura irlandesa, bem como para compreendermos o desenvolvimento da escrita vernácula no período denominado como Early Christian Ireland (CHARLES-EDWARD, 2000; SANTOS, 2011, p. 185-213). A De excidio troiae historia -obra 'pseudoclássica' da literaturaA narrativa que ficou conhecida como De Excidio Troiae Historia é uma das várias representações que fazem parte do Ciclo troiano. Ela teria sido escrita por volta do século V-VI por um autor que afirma ser Cornelius Nepos, que teria traduzido para o latim os relatos de Dares Phrygius, um eventual participante da guerra de Tróia, e comunicado sua "tradução" a Sallustius Crispus.Segundo Jonathan Cornil, que estudou várias das princ...
This dossier is the result of a call for papers made by the editors of the Brazilian Journal of History (Revista Brasileira de História), operationalised through a network much more extensive than immediately visible. Thus, we would like to thank our colleagues coordinating the Brazilian Network for Ancient History of the Brazilian National Association of History (GTHA-Anpuh), Alex Degan, PhD and Fábio Morales, PhD, both from Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), who contributed for the success of this initiative alongside Dominique Santos, PhD, from Universidade de Blumenau (Furb), also a member of the National Coordination of GTHA-Anpuh and one of the editors of this dossier. This acknowledgement is extended to the community of Brazilian Historians of Antiquity, for their vigorous dissemination of this dossier both in Brazil and abroad. There are several laboratories and research groups spread throughout the country devoted to Ancient History,
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