Resumo-Os estudos de flutuação populacional são muito importantes para o controle de pragas, pois fornecem informações fundamentais sobre quando e em que intensidade determinado organismo nocivo pode surgir nas lavouras, propiciando, assim, uma maior exatidão na aplicação de medidas de controle. A flutuação populacional da bicheira-da-raiz (Oryzophagus oryzae), do percevejo-do-grão (Oebalus spp.) e da lagarta-boiadeira (Nymphula spp.) em lavouras de arroz irrigado foram relacionadas à prática desse cultivo. Para essas espécies, medidas de controle podem ser planejadas e implementadas com base nos estudos de flutuação populacional. Termos para indexação: monitoramento; dinâmica populacional; Oryzophagus oryzae; Oebalus spp.; Nymphula spp.
A flutuação populacional do percevejo-do-grão, Oebalus spp. (Hemiptera: Pentatomidae), em lavouras de arroz irrigado em Santa Catarina não é conhecida. Isto dificulta o planejamento e a adoção de estratégias para o manejo de pragas, como também a racionalização da aplicação de inseticidas para controle. Desta forma, objetivou-se monitorar a atividade de vôo de Oebalus spp. para conhecer a flutuação populacional e determinar as épocas de maior ocorrência das espécies e morfologias nas lavouras. Armadilhas luminosas foram instaladas em áreas de cultivo de arroz irrigado na Estação Experimental da Epagri em Itajaí, SC e no Centro de Treinamento da Epagri em Araranguá, SC. A partir de setembro de 2008 a abril de 2020, as armadilhas foram ligadas das 16:00 às 9:00h, uma vez por semana, exceto de maio a agosto de cada ano, quando permaneceram desligadas. A flutuação populacional do percevejo-do-grão em arroz irrigado caracteriza-se por dois momentos de maior incidência de indivíduos, em novembro/dezembro e em fevereiro, correspondendo aos períodos de ocorrência de percevejos hibernados e dos enxames de verão, respectivamente. A espécie Oebalus poecilus (Dallas) prevalece sobre Oebalus ypsilongriseus (DeGeer) e as populações com morfologias hibernal ou estival ocorrem alternadamente ao longo do ano, se sobrepondo apenas a partir de meados de fevereiro.
Aproveitando-se a ocorrência de um evento espontâneo de baixas temperaturas (<17 oC) em experimento de campo de arroz irrigado, coincidente com a fase reprodutiva da cultura, foram avaliados a produtividade, a porcentagem de esterilidade de espiguetas e o número de panículas por metro quadrado. O experimento foi conduzido no sul de Santa Catarina, na safra 2019/2020, em delineamento de blocos ao acaso com três repetições no sistema pré-germinado. Do total de genótipos que compunham o experimento, 13 foram selecionados para comporem a análise principal, de esterilidade. Baseado numa série de estudos anteriores para estresse por baixas e altas temperaturas, a hipótese era de que a linhagem SC 806 se destacaria como resiliente. De fato, a SC 806 apresentou níveis de esterilidade significativamente menores que as testemunhas comerciais SCS116 Satoru, SCS122 Miura e SC 790 (SCS125), ao mesmo tempo que foi competitiva com as mesmas no tocante à produtividade. Assim, a SC 806 foi validada como resiliente a baixas temperaturas, confirmando o bom desempenho verificado em experimentos anteriores, e com isso demonstrando ser promissora como linhagem candidata à lançamento na forma de variedade.
Resumo – Atualmente entre os 22 cultivares de arroz irrigado lançados pela Epagri para Santa Catarina, o SCS121 CL predomina hegemonicamente no Estado. Biológica e estrategicamente, isso é preocupante para a orizicultura, pois representa um risco para o sistema Clearfield® (CL), além de significar uma pressão de seleção intensa na área fitossanitária, especialmente quanto à brusone. A rápida adoção do SCS121 CL se deve à sua produtividade, inquestionável facilidade no manejo de plantas daninhas (permitindo também a adoção da semeadura em solo seco), e sua tolerância à brusone. Dessa forma, é usado muitas vezes em situações que fogem à sua finalidade: o controle do arroz daninho. Dados de ensaios de Valor de Cultivo e Uso e dados de Unidades Demonstrativas apontam a existência de cultivares mais produtivos do que o SCS121 CL, portanto bons para áreas não infestadas com arroz daninho, entre eles o novo cultivar SCS122 Miura.
Aproveitando-se a ocorrência de um evento espontâneo de baixas temperaturas (<17 oC) em experimento de campo de arroz irrigado, coincidente com a fase reprodutiva da cultura, foram avaliados a produtividade, a porcentagem de esterilidade de espiguetas e o número de panículas por metro quadrado. O experimento foi conduzido no sul de Santa Catarina, na safra 2019/2020, em delineamento de blocos ao acaso com três repetições no sistema pré-germinado. Do total de genótipos que compunham o experimento, 13 foram selecionados para comporem a análise principal, de esterilidade. Baseado numa série de estudos anteriores para estresse por baixas e altas temperaturas, a hipótese era de que a linhagem SC 806 se destacaria como resiliente. De fato, a SC 806 apresentou níveis de esterilidade significativamente menores que as testemunhas comerciais SCS116 Satoru, SCS122 Miura e SC 790 (SCS125), ao mesmo tempo que foi competitiva com as mesmas no tocante à produtividade. Assim, a SC 806 foi validada como resiliente a baixas temperaturas, confirmando o bom desempenho verificado em experimentos anteriores, e com isso demonstrando ser promissora como linhagem candidata à lançamento na forma de variedade.
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