O presente artigo relata uma pesquisa preliminar de desenvolvimento de uma ferramenta metodológica, voltada para as especificidades de estudos sobre aprendizagem em contextos não formais de educação. A pesquisa foi realizada em dois museus de ciências, com uso de uma versão modificada do método da lembrança estimulada (LE). Fotos digitais substituíram o uso tradicional do vídeo na última fase, na qual oito entrevistas foram conduzidas com resultados satisfatórios. As fotos digitais estimularam com eficácia e eficiência os visitantes a narrar suas experiências e expressar os significados que desenvolveram a partir de suas interações com as unidades expositivas.
O presente estudo discute as percepções que o público de visitação estimulada, oriundo de comunidades de baixo poder aquisitivo e/ou baixo capital cultural, desenvolve a partir da visita ao Museu de Astronomia e Ciências Afins. Descreve também o seu perfil sociodemográfico, cultural e econômico. Toma como referência os conceitos de inclusão social, experiência e empoderamento, bem como uma tipologia de público de museus, que envolve o aspecto de autonomia sociocultural do indivíduo em relação ao evento ao qual ele se expõe. O instrumento de pesquisa foi um questionário autoadministrado a 1.258 visitantes, contendo questões sobre o perfil e parâmetros atitudinais de interesse e de motivação, relacionados ao conceito de empoderamento. Conclui-se que o empoderamento se dá pela associação entre as percepções de ganhos cognitivos e de aplicabilidade destes ao mundo social do visitante no nível de suas relações pessoais e de suas relações com as esferas sociais mais externas. As ações de inclusão social em museus devem se materializar como uma política institucional.
Neste artigo, analisamos o uso das mídias sociais por centros e museus de ciências brasileiros no contexto da pandemia de Covid-19, marcado pelo fechamento das instituições para o acesso do público e pela migração das atividades museais para o formato remoto. Por meio de questionário aplicado a gestores(as) de 89 centros e museus de ciências espalhados por todo o Brasil, nosso estudo traz evidências que apontam para um redirecionamento no modo como as mídias sociais são usadas por essas instituições, passando da divulgação de eventos e outras informações de funcionamento, para a educação e divulgação científica. Entretanto, essa mudança ocorreu sem a ampliação de recursos humanos e financeiros, bem como sem formação das equipes para a realização de ações digitais e/ou online. Os participantes da pesquisa acreditam que a atuação online permitiu a ampliação e diversificação geográfica do público e são otimistas sobre a continuidade dessa atuação no pós-pandemia, mas receiam que a falta de recursos possa ser prejudicial à conciliação de ações presenciais e remotas.
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