RESUMO: Este artigo propõe uma reflexão filosófica sobre a inclusão escolar de alunos com deficiência intelectual por meio de um exercício crítico-dialético, objetivando detectar as contradições do fenômeno estudado. Constatam-se concepções e práticas pedagó-gicas aparentemente inclusivas e democráticas, cuja essência, entretanto, leva à exclusão reiterada desses alunos, em razão de não atendê-los em suas necessidades cognitivas, nem admitirem nenhuma metodologia ou currículo diferenciados, necessários à sua aprendizagem. Conclui-se, assim, que a escola inclusiva, tal como se apresenta hoje, acaba tornando-se reacionária e pouco democrática, diferentemente da escola especial, que se revelava comprometida com o ensino dos alunos com deficiência intelectual. A mudança desse cenário requer uma escola inclusiva que reafirme um compromisso polí-tico, ao resgatar o saber-fazer dos métodos especiais, sem abrir mão de seu legítimo combate contra a segregação educacional e social antes praticada. Palavras-chave: Educação Especial e Inclusiva; Pedagogia Histórico-Crítica; Alunos com Deficiência Intelectual. BACK TO THE STICK'S CURVATURE THEORY: INTELLECTUAL DISABILITIES IN INCLUSIVE SCHOOL ABSTRACT:This article proposes a philosophical reflection about the educational inclusion of students with Intellectual Disabilities by a critical-dialectical exercise, intending to detect the contradictions of the studied phenomenon. Pedagogical concepts and practices are verified although apparently inclusive and democratic, in essence, they lead to repeatedly exclusion of these students, due to not consider their real cognitive needs, nor admit, as a necessary condition for their learning, any form of methodological or curriculum distinction. Thus, the inclusive school as it looks today is reactionary and not very democratic, while the especial school was more committed to the education of students with Intellectual Disabilities. The reversal of this scenario requires an inclusive school that reaffirms a political commitment, rescuing the know-how of the special methods, without giving up its legitimate fight against social and educational segregation practiced before.
O apelo para que eles [os homens] deixem as ilusões a respeito da sua situação é o apelo para abandonarem uma situação que precisa de ilusões. (Karl Marx, 1844) RESUMO: O presente texto investiga a constituição e os desdobramentos ideológicos do ideário inclusivista em educação, no contexto do avanço neoliberal. O tratamento dos dados obtidos, resultantes de uma pesquisa bibliográfi ca em andamento, é crítico-dialético e adota pressupostos marxistas. As análises realizadas situam a inclusão escolar de pessoas com defi ciência no bojo de tentativas reformistas do capitalismo, com vistas à sua perpetuação hegemônica. Conquanto preocupe-se mais em denunciar as apropriações neoliberais e pós-modernas da autêntica luta pelo reconhecimento dos direitos das pessoas com defi ciência, o artigo sugere a necessidade de uma práxis revolucionária, comprometida com a emancipação e o pleno desenvolvimento de todas as pessoas, com ou sem defi ciências.Palavras-chave: Inclusão escolar. Neoliberalismo. Capitalismo.In search of the live flower: a critique of the ideas for inclusive education ABSTRACT: This paper investigates the constitution and ideological unfolding of the inclusive ideals in education in the context of neoliberal advance. The data obtained as a result of literature research still in progress, is examined under a critical-dialectical perspective and adopts Marxist assumptions. The analyses situate school inclusion of disabled people in the midst of capitalism reformist att empts, which aim at perpetuating their hegemony. While the major concern is to report neoliberal and postmodern appropriations of the authentic struggle for the recognition of the rights of people with disabilities, the article suggests the need for a revolutionary praxis,
A publicação do decreto n. 7.690, de 2 de março de 2012, incita o revigoramento do debate sobre as políticas públicas no cenário educacional brasileiro, precipuamente quanto à inclusão escolar de pessoas com deficiência, ao sinalizar para um novo arranjo no Ministério da Educação (MEC). No atual contexto, extingue-se a Secretaria de Educação Especial (SEESP) e suas atribuições são remanejadas para a pasta mosaica da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI). Compreender o impacto de tal reestruturação ministerial sobre a continuidade do projeto inclusivista em nosso país é, pois, o objetivo central deste trabalho, que para tanto recupera notas históricas e metáforas gregas, na tentativa de desvelar, levantando-se posicionamentos axiológicos sobre o tema, as contradições imbricadas nesse processo de (re)configuração política do MEC.
A linguagem verbal permite ao homem o domínio de processos mentais superiores. Logo, todos os indivíduos precisam se apropriar dela. No caso da deficiência intelectual, entretanto, a apropriação desta função psíquica transcorre de um modo distinto, que, neste contexto de inclusão escolar, não pode ser ignorado. Diante disso, este artigo, resultante de uma pesquisa bibliográfica, discute tais particularidades no desenvolvimento ontogenético da linguagem verbal em crianças com essa deficiência, objetivando proporcionar aos educadores algumas reflexões sobre o assunto. Com a discussão teórica, conclui-se que as limitações orgânicas impostas pela deficiência intelectual dificultam a apropriação cognitiva da linguagem, mas não obstaculizam por completo esse processo, que, em última instância, depende mais da participação da criança em práticas sociais discursivas do que da herança genética individual. Assim, reforça-se a importância da escola inclusiva, vista como um espaço propício à emergência de formas elaboradas de discurso e expressão linguística.Palavras-chave: Linguagem. Interação Verbal. Inclusão Escolar. Deficiência Intelectual.
O presente artigo, elaborado com base em uma série de estudos bibliográficos, tem como objetivo apresentar algumas possibilidades didáticas para se promover, no atual cenário de inclusão escolar, o desenvolvimento linguístico e cognitivo de crianças com Deficiência Intelectual. Para tanto, toma-se como premissa básica a concepção vigotskiana, segundo a qual a linguagem, aqui considerada, sobretudo, em sua modalidade oral, é uma função psicológica superior, capaz de integrar e constituir as demais funções do intelecto humano, proporcionando, desse modo, a emergência de habilidades intelectuais complexas. Por isso, considera-se de suma importância o estímulo às interações verbais na escola comum, em diferentes contextos e situações pedagógicas, de maneira a se possibilitar aos alunos com e sem essa deficiência a apropriação do discurso elaborado, com o consequente domínio simbólico da palavra. Metodologicamente, tais situações são pensadas em termos de atividades que o professor pode desenvolver com crianças da Educação Infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental. As atividades sugeridas são assim denominadas: Atividade Prática, Atividade Lúdica, Atividade Gráfico-Pictórica, Atividade Virtual e Atividade Verbal. Em sua totalidade, demonstra-se que elas podem levar os alunos com Deficiência Intelectual a uma maior compreensão sobre o intricado jogo de abstrações, generalizações e simbolizações presentes na linguagem, permitindo-lhes a conquista de formas superiores de conduta, como a regulação verbal e lógica do próprio pensamento. Palavras-chave: desenvolvimento da linguagem. cognição. deficiência intelectual.
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