O lançamento, em 2013, de duas releituras do cinema de terror de baixo orçamento (A Morte do Demônio e O Massacre da Serra Elétrica) nos coloca diante de uma questão ligada à construção do valor no cinema. Discute-se aqui como o gênero terror foi construindo a ideia de que filmes de baixo orçamento endossam uma premissa de medo. Debatemos as releituras dos dois filmes percebendo a “cosmética do sangue”, ou seja, a tentativa de emular o baixo orçamento em produções com aviltantes recursos.
“A juventude não é a época herege porexcelência?”, pergunta Maffesoli nestetexto. Ela ri das instituições enquantosensivelmente prepara novas outras. É omito da criança eterna que tem na pósmodernidadeseu lócus privilegiado. Éa ‘vadiagem iniciática’ que agencia asgrandes mutações civilizacionais. Nestadivertida carta aberta aos maçons, osdefensores da ‘filosofia progressiva’, opensador francês tece alguns comentáriossobre a potência desta criança-aprendizpara um “inegável reencantamento domundo”.
As obras dos artistas Débora Bolsoni eAyrson Heráclito colocam em questãouma série de observações sobrepráticas comuns e a herança indígenase afrodescendentes no Brasil: a pipoca,antes de estar vinculada à cultura norteamericanados dispositivos visuais deentretenimento é uma forma sobreviventede modos de vida em desaparecimento.Os traços das culturas indígenas e afrobrasileirasmediadas pela cultura do milhonestes trabalhos demarcam um terrenode resistências poéticas e de visibilidades.
Relato uma atividade de pesquisa, articulada ao ensino, junto a estudantes universitários. A intenção foi provocar sobre a experiência desse grupo, a partir do audiovisual que circula na internet, o conflito entre determinações sociais e legitimidades comunicacionais dos sujeitos categorizados como vulneráveis sociais. Debatemos os aspectos da linguagem e da tecnologia, na midiatização, para incitar e transformar os modos de se relacionar com o outro.
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