O artigo tem como objetivo descrever a experiência da reorganização do processo de trabalho na Atenção Primária à Saúde para o enfrentamento da COVID-19, no estado do Pará. Estudo qualitativo, do tipo relato de experiência, realizado no ano de 2021, a partir das experiências de profissionais de saúde de distintas regiões do estado. Ao longo da pandemia no estado a APS passou por reorganização do processo de trabalho buscando minimizar os efeitos da pandemia na região. Em resposta a este cenário destacam-se as medidas de distanciamento social, visitas domiciliares, combate a fake news, teleatendimento, reorganização da agenda de atendimento ao usuário, implantação de fluxos para atendimento de síndrome gripal, integração com a vigilância em saúde, somando um conjunto de ações que foram capazes de reduzir o contágio pela COVID-19 em municípios paraenses. Este processo de reorganização do processo de trabalho da APS enfrentou as dificuldades peculiares da região amazônica como o fator renda, rede de serviços de saúde, escolaridade, escassez de insumos, alta rotatividade de profissionais de saúde e barreiras geográficas. A reorganização das equipes de atenção primária foi importante para atender as demandas da população na medida em que garantiu acesso a serviços básicos de saúde. Persiste ainda a baixa disponibilidade de testes para identificação do novo coronavírus, falta de resolutividade no setor diagnóstico e laboratorial e a frágil integração da APS com a vigilância em saúde, o que tem proporcionado desafios para o rastreamento e subnotificação de casos na população paraense.
Elaborado por Maurício Amormino Júnior-CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
Objetivos: Conhecer a percepção de enfermeiros da Atenção Primária em Saúde a respeito dos conhecimentos dos usuários sobre imunização; Identificar as práticas desses enfermeiros sobre imunização; Construir, de forma compartilhada, uma tecnologia educacional sobre imunização. Método: Pesquisa metodológica qualitativa, realizada em 21 Unidades Municipais de Saúde em Belém-Pará, com 23 enfermeiros que atuavam em sala de imunização. A coleta de dados foi por meio de entrevistas individuais submetidas à análise de conteúdo temática. Resultados: Organizaram-se duas categorias: “Percepção dos enfermeiros sobre os conhecimentos dos usuários no contexto da imunização” e “Ações de educação em saúde na rotina das práticas relativas à imunização e elaboração da tecnologia educacional”, que possibilitaram a construção de uma cartilha com orientações baseadas no produto dessas categorias. Conclusão: Os enfermeiros têm percepção dos conhecimentos dos usuários sobre a imunização. Reconhecem a importância de práticas educativas, embora não consigam realizá-las efetivamente, devido dificuldades do cotidiano gerencial e assistencial. A participação dos enfermeiros na construção da cartilha foi fundamental para obter-se uma ferramenta adequada a intermediar suas ações educativas junto aos usuários com potencial de colaborar significativamente para a atuação da enfermagem em salas de vacina.
Introdução: Por muitos anos a saúde bucal esteve à margem das políticas públicas de saúde no Brasil. Em 2004, com a criação da Política Nacional de Saúde Bucal, houve uma proposta de reorganização do cuidado em todos os níveis de atenção no âmbito do Sistema Único de Saúde. Quando avalia-se a qualidade da atenção em populações específicas, a análise dos indicadores torna-se cada vez mais escassa, o que impacta diretamente no financiamento das equipes da atenção básica, já que com a ascensão do novo modelo de financiamento, o Previne Brasil (Portaria n° 2.979/2019), alteram-se algumas formas de repasse para os municípios. Objetivo: Investigar o cuidado odontológico durante a gravidez sob a ótica dos resultados do Previne Brasil, com recorte temporal dos três últimos quadrimestres do ano de 2020, no município de Belém, no Pará. Metodologia: Estudo de natureza descritiva baseado nos dados disponíveis para domínio público provenientes do Sistema de Informação da Atenção Básica. Estes dados foram tabulados no software Microsoft Excel®. A análise dos dados se deu com base no referencial teórico disponível na Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e de documentos oficiais do Ministério da Saúde. Resultados: Belém possui 23,94% de cobertura de saúde bucal, com uma população que ultrapassou um milhão de habitantes. Quando se analisa a proporção de gestantes com atendimento odontológico realizado, Belém apresentou 4%, 3% e 5% respectivamente, em cada quadrimestre de 2020. Conclusões: Os dados revelam que para alcançar um nível satisfatório no acesso e oferta de serviços odontológicos no município amazônico, deve haver um fortalecimento e expansão das políticas públicas de saúde bucal, não excluindo a atenção às linhas de cuidado presentes na Política Nacional de Saúde Bucal, como as gestantes.
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