JSTOR is a not-for-profit service that helps scholars, researchers, and students discover, use, and build upon a wide range of content in a trusted digital archive. We use information technology and tools to increase productivity and facilitate new forms of scholarship. For more information about JSTOR, please contact
O ponto de partida deste artigo é a tese desenvolvida em 1991 por Isabelle Combès e Thierry Saignes sobre o nascimento da etnia e da identidade chiriguano, mestiças "em essência". A relação que os Chiriguano e os Chané mantêm com a mestiçagem parece, no entanto, paradoxal. Embora sejam considerados exemplos paradigmáticos de mestiçagem ameríndia, algumas visões contemporâneas sentenciam a dissolução da etnia devido precisamente à mestiçagem com os brancos. Ao mesmo tempo, os próprios Chiriguano rejeitam atualmente qualquer idéia de mistura, proclamando-se apenas "guarani". A partir de um duplo estudo de caso no Isoso boliviano e no noroeste argentino, relativiza-se o postulado da completa absorção dos Chané pelo conjunto Chiriguano; depois são analisados os diferentes tipos de mestiçagem existentes e sua relação com um esquema assimétrico que cria uma verdadeira escala de valores entre diferentes etnias. Finalmente, sugere-se que a ambivalência ideológica que envolve a mestiçagem se deve ao fato de que ela é precisamente uma construção híbrida, produto da fusão entre as ideologias chané e guarani.
O presente trabalho discute a abordagem de Fredrik Barth para o problema da etnicidade com base em uma análise abrangente de sua obra. Levam-se em conta algumas idéias-chave que aparecem de maneira recorrente nos escritos programáticos e teórico-metodológicos desse autor, bem como em seus estudos etnográficos. Analisa-se o poder explicativo dos fatores ecológicos e demográficos em seu modelo, a importância de sua tese da identidade relativa, a genealogia das influências teóricas encontradas nas explicações barthianas e o problema do ator racional como fio condutor de sua concepção interacionista das relações sociais.
Este libro de Jacques Tournon expone materiales etnográficos que su autor ha recogido durante años entre los shipibo-conibo, un grupo pano de la Amazonía peruana que comprende en la actualidad nada menos que unas 35.000 personas. Además de su número extraordinario, los shipibo-conibo resultan peculiares por ser grupos "ribereños", que se contraponen con los demás pano, característicamente designados en la literatura como "interfluviales". El grupo étnico que actualmente se conoce como "shipibo", dicho sea de paso, es el producto de complejos procesos históricos de asimilación, contacto, migración y mestizaje, procesos mediante los cuales se han fusionado a lo largo del tiempo con otros grupos pano como los conibo y los setebo. Este fenómeno, que algunos autores llaman "etnogénesis" y Tournon prefiere calificar de "etnofusión", tiene larga data: si en tiempos de los viajes del legendario Paul Marcoy éste anotaba que sus informantes distinguían claramente a los shipibo de los conibo, es cierto también que, ya en 1885, aparecen noticias que informan sobre la fusión étnica entre ambos grupos.Lo primero que llama la atención de esta obra es su carácter ecléctico. Educado tanto en antropología como en física y química, y acaso tomando distancia de ciertas tendencias contemporáneas, que pregonan y hasta se regodean en la interdisciplina en el discurso pero jamás la po-
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.