IntroduçãoA ideia de concertações Sul-Sul não é recente e muito menos os objetivos que levam a formar-se coalizões entre países do Hemisfério Sul, observandose a necessidade de se pensar nos interesses e nas estratégias desenvolvidas conjuntamente num ambiente internacional interdependente e assimétrico. Este contexto de maior aproximação entre países do Sul pode ser identificado como um tipo de cooperação horizontal, objetivando-se uma concertação com vistas à obstrução das desigualdades internacionais dirigidas pelos países desenvolvidos do Norte, bem como ações conjuntas com vistas ao enfrentamento de problemas domésticos semelhantes.Segundo Oliveira et al (2006, 489) os Estados Intermediários: (i) teriam um interesse comum ou então uma agenda internacional aderente às ideias dos Estados Intermediários ou; (ii) teriam interesses divergentes que se compatibilizariam devido a serem Estados Intermediários. Nesse caso, ainda segundo Oliveira et al (2006, 490), essa articulação derivaria de: (i) referências mútuas ao lidar com problemas de caráter semelhante e; (ii) interesses de agenda em fomentar uma maior interdependência como recurso de alargamento das parcerias, retirando-se de um limitado vínculo unilateral com países desenvolvidos.Política externa trata especialmente de escolher entre oportunidades e demandas "ofertadas" no ambiente doméstico (porque a política externa é uma política pública em nosso entender) e, claro, internacional. Por exemplo, saídas (busca por novos parceiros) "ao Norte" e "ao Sul" são escolhas na formulação de política externa da Índia, do Brasil e da África do Sul. Escolhas no sentido rev. Bras. Polít. Int. 53 (1): 45-66 [2010]
Este estudo buscou analisar os efeitos da interdependência entre instituições políticas e modelos de desenvolvimento no desempenho de políticas ambientais no Brasil. A hipótese central do trabalho é que, dada a interdependência entre os organismos responsáveis pelas políticas ambientais e padrões de desenvolvimento pouco responsivos à complexidade ambiental, ocorre uma dispersão de poder decisório incentivando o modelo de desenvolvimento de alto carbono. Além de revisão da literatura em Políticas Públicas e Economia Ecológica, foram operacionalizadas (1) uma análise do desenho político-institucional brasileiro e (2) o quadro de gastos públicos do governo federal brasileiro com meio ambiente. Dois resultados foram observados: 1o) o desenho e as competências das instituições políticas responsáveis pela formulação e implementação de políticas públicas interferem na maior eficiência de políticas ambientais; 2o) quanto maior a abertura institucional, maior a tendência de paralisia decisória na formulação e implementação de políticas públicas ambientais.
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