2 "A chamada 'democracia racial' não tem nenhuma consistência e, vista do ângulo do comportamento coletivo das populações de cor, constitui um mito cruel." (FERNANDES, 1972: 29). 3. "Do preconceito ao sucesso". A discriminação racial vista por quem venceu a barreira e chegou lá, esta era a capa da Revista VEJA de 24 de Junho de 1998, a reportagem mostrava uma série de ídolos negros que romperam a barreira do preconceito, apesar de que a maioria dos depoimentos falavam de práticas racistas presentes na vida deles, mesmo com a ascensão social eles não estavam livres do racismo. Resumo: O tema de interesse do presente estudo é o da EDUCAÇÃO & RELAÇÕES RACIAIS e nesse campo, tendo como objeto principal a análise do educador como alor social na superação ou manutenção de práticas racistas em Unidades Escolares (UE). Buscamos novas perspectivas para a superação das desigualdades sócio-raciais no contexto nacional.Palavras-chave: Relações raciais; Racismo; Educação; Cidadania; Professores; Ações pedagógicas incisivas. INTROD UÇÃONo Brasil, a população é constituída de forma pluriétnica (negros, brancos, índios, orientais e outros), desdobrando-se num grande contingente de mestiços (Eneida/Conceito). Uma aparente integração interétnica e inter-racial sustentou por muito tempo a idéia de uma suposta democracia racial 2 , o que dificulta a percepção das prá-ticas racistas no cotidiano.Segundo dados da PesquisaNacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1990, promovida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 44,2% da população brasileira é negra (4,90% de pretos e 39,30% de pardos). Essa mesma pesquisa aponta que 89,3% da população branca é escolarizada, enquanto, que na população preta e parda, esse índice é de 79,6%, havendo portanto, um percentual de defasagem de 9,7% da população preta e parda em relação à população branca.Conforme dados do IBGE a somatória das populações preta e parda apresentam os maiores índices de analfabetismo em relação ao segmento branco da população. Tomando de exemplo a faixa etária de 7 anos ou mais percebemos que 59,4% da população negra é analfabeta, comparando com os 12,1 % da população branca. Assim, temos uma diferença de desigualdade para pretos e pardos de 47,3%.A idéia de que o problema dos negros brasileiros é somente social, também, desvirtua a reflexão sobre as questões raciais. Os indivíduos posicionados na base da pirâmide social, em geral, são os mais atingidos pelas práticas discriminatórias, pelas injustiças, pela falta de oportunidades profissionais e uma infinidade de situações que conduzem à subordinação social, mas infelizmente, sabemos que mesmo ascendendo socialmente e pertencendo a classes privilegiadas, do ponto de vista econômico e cultural, a maioria dos negros continua sendo vítima de problemas raciais 3 .Refere-se ao Art. de mesmo nome, 9(2), [23][24][25][26][27][28][29][30][31][32] 1999
Neste artigo discutiremos a importância da Lei nº.10.639/2003 como um meio de desconstrução do racismo epistêmico/religioso, resistência para conhecimento e aplicabilidade no espaço escolar, e a importância do trabalho interdisciplinar como pontes para implantação e implementação da mesma. Faremos uma breve retrospectiva da implantação e implementação da Lei nº. 10.639/2003. Mostraremos alguns percalços para abordar saberes afrocentristas no ambiente escolar. Também refletiremos a questão do ensino religioso, assim como, a importância do trabalho interdisciplinar como meio de aplicabilidade da Lei nº. 10.639/2003.
O presente texto busca discutir o silenciamento de produções nacionais, latino-americanas e africanas nos currículos de filosofia brasileiros como um sintoma de uma internalização dos discursos coloniais que constituíram a maneira moderna de lidarmos com a filosofia, com a educação, com o ensino de filosofia. Algumas das principais categorias dos estudos sobre a colonialidade serão utilizadas como roteiro para essa discussão.
Este artigo é parte da dissertação de mestrado cujo objetivo é trazer uma reflexão acerca da importância de se pensar a formação inicial e continuada de docentes para além de uma formação estritamente teórica. Trata de pensar a elaboração de uma formação docente para a construção de uma identidade individual e coletiva a partir das vivências na escola e do encontro com as histórias e saberes das diversas culturas que contribuíram e contribuem para a formação da sociedade brasileira. Uma reflexão feita a partir da leitura de teóricos no campo da formação docente. Buscando compreender de que forma essa formação contribui ou não para a construção das identidades e da prática docente para a sua atuação frente aos desafios das novas configurações sociais e em especial na formação para gênero e sexualidade.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.