O artigo tem como objetivo central analisar a gênese e o desenvolvimento do setor terciário sob a luz da teoria marxista. Como ferramentas analíticas foram utilizados os conceitos de divisão do trabalho no âmbito da manufatura e no âmbito da sociedade, dando especial relevo ao movimento interativo e complementar de ambos os conceitos, entendidos como instrumentos essenciais para a compreensão do movimento do capital em direção ao setor terciário. A análise proposta levou a algumas sugestões de conclusão: o setor terciário deve ser analisado com rigorosa observância das condições concretas de organização do capital em seu interior; nos países desenvolvidos, o setor terciário manifesta maior atratividade ao capital, maior autonomia para o crescimento e modernização quando comparado com o setor terciário da periferia, dependente do capital internacional e do Estado nacional para a produção e oferta de produtos e serviços; apesar da incipiência econômico-estrutural do terciário na periferia do sistema capitalista, foi possível concluir que nesses espaços sociais o terciário foi e é de fundamental importância para a acumulação do capital em geral e que vem se transformando, mesmo que de forma relativa, em importante locus de valorização do capital, de criação de receita para os entes federativos e, dentre outros pontos positivos, da criação de empregos formais e informais que em boa mediada amortecem as clássicas crises de reprodução do sistema.
Analisa a real contribuição das Zonas de Processamento de Exportações (ZPEs), no mundo, no Brasil e, em particular, no Rio Grande do Norte no que tange a integração econômica de diferentes áreas produtivas e a dinamização de seus processos de crescimento e de desenvolvimento econômicos. A partir do debate nacional entre os que são a favor e contra a implantação de zonas de exportações em regiões específicas, a análise parte do registro da importância das ZPEs em países que optaram em diferentes momentos históricos, para o aumento dos investimentos produtivos e para a diversificação da produção e de suas exportações a partir da inovação, notadamente em suas políticas fiscais. Nesses países desenvolvidos e em desenvolvimento as ZPEs mostraram-se muito mais eficientes no que tange a captação de novos blocos industriais, de aumento de produção e de exportações mais elaboradas. Conclui-se que essa eficiência não tem se manifestado no Brasil, onde as ZPEs funcionam de forma não integrada a um projeto nacional de industrialização e muito menos no Rio Grande do Norte, onde o fenômeno da ZPE é significativamente ineficiente e por esse motivo não passa de um mito quanto à sua contribuição para o desenvolvimento e a integração econômica estadual.
O artigo tem como principal objetivo registrar a discussão e o entendimento sobre classes sociais em Marx e a possível atualidade da sua abordagem. A hipótese é que a discussão sobre classes sociais empreendida principalmente em O Capital, O Manifesto Comunista e O Dezoito Brumário constituem os elementos essenciais sobre a teorização a respeito das classes sociais em sociedades capitalistas. A título de considerações finais pode-se afirmar que aquele corpo teórico foi continuamente atualizado por seguidores de Marx para dar conta da fragmentação e estratificação ocorridas ao longo do século XX e princípio do terceiro milênio, demonstrando a potência da formulação originária.
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