Este trabalho busca, na história de Victor de Aveyron, elementos para discutir o modo pelo qual a existência humana se constitui. Por não ter convivido em ambiente humano, Victor foi motivo de intensas discussões no meio científico, especialmente entre os empiristas e os racionalistas. Nesta pesquisa assumimos uma postura fenomenológica, trazendo a história do menino selvagem à discussão por meio da fenomenologia hermenêutica de Heidegger, apontando, assim, para o caráter de indeterminação, o "ter de ser", e de singularidade da existência, sempre em jogo na constituição do modo de ser do homem.
Este artigo busca refletir sobre a relação estabelecida por Soren Kierkegaard, na voz do pseudônimo Vigilius Haufniensis, entre angústia e Psicologia. A Psicologia surge, nesse contexto, como a ciência cuja atmosfera é angústia. Primeiramente, são apresentadas as considerações de Haufniensis sobre a angústia como determinação existencial. Em seguida, exemplificam-se as formas particulares de expressão da angústia por meio de um conto de Grimm, intitulado João sem medo. Observa-se que é da tensão entre o universal e o particular que nasce, por um salto qualitativo, a possibilidade de uma existência singular. Ao considerar o tema angústia como centro de investigação, e tendo como intuito pensar uma proposta de psicoterapia, conclui-se que o pensamento da existência, tal como desenvolvido por Haufniensis, proporciona elementos para a elaboração de uma proposta de psicoterapia que não se ocupe nem em julgar nem em teorizar, mas que sustente a existência como espaço onde tudo aparece como possibilidade.
Esta pesquisa tem como objetivo apontar os desdobramentos de Martin Heidegger a partir do modo como ele compreende e repensa o dito humano e sua relação com a psicologia, mostrando os limites estabelecidos pelo autor para a concepção de sujeito na ciência moderna, base do pensamento psicológico. Este trabalho terá como foco a obra Seminários de Zollikon (1959-1969/2001), buscando dialogar com outras obras em que a compreensão de humano é trazida de maneira clara, tais como: Ser e tempo (1927/2009) e carta Sobre o humanismo (1947/1973). O texto contará ainda com a conferência Identidade e diferença (1957/1973), abordando o pensamento mais tardio do autor. O artigo apresentado não terá como objetivo fechar uma conclusão, mas apresentar uma nova forma de repensar o humano a partir de Heidegger, desdobrando suas críticas à tradição e possíveis limites que porventura possam surgir em seu pensamento.
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