Esse artigo se propõe a discutir possíveis formas de articulação da Educação em Direitos Humanos no Brasil com políticas de promoção de igualdade étnico-racial. Para tal, discute pontos específicos do PNEDH, articulando com outras normativas importantes, em alguns casos o PNDH em suas diferentes versões, em outros com normativas específicas de promoção de igualdade racial, como o artigo 26A da LDB e a Carta de Durban. Conclui pela implantação de uma educação aberta para o diálogo constante sobre e com as diferenças e exercitando o diálogo permanente com movimentos sociais.
RESUMO:A relevância da Avaliação Pós-Ocupação (APO) para obtenção da qualidade do projeto de arquitetura tem sido comprovada por diversas pesquisas na área da construção civil. Aspectos relacionados à gestão do processo de projeto, em que a APO se insere, e seu papel no atendimento à qualidade dos espaços construídos, notadamente nas habitações, também já foram amplamente discutidos. Assim evidencia-se a profunda relação existente entre a aferição do comportamento humano no espaço doméstico e a qualidade habitacional como forma de se elevar os índices de satisfação dos usuários e de promover a melhoria do desempenho dos projetos, especialmente para novas propostas. É nesse sentido que se encontra a contribuição da APO para o ensino de projeto. Este artigo discute, portanto, a validade do emprego de instrumentos de APO como metodologia diferenciada de ensino que pode se constituir como elemento norteador do processo projetual em disciplinas de projeto, ou ateliê, na graduação em Arquitetura e Urbanismo. Para tanto, apresenta a experiência didático-pedagógica que vem sendo desenvolvida na disciplina Atelier de Projeto Integrado V, cujo tema é Habitação de Interesse Social (HIS), ministrada a alunos do quinto período do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Uberlândia. Essa disciplina busca desenvolver uma visão crítica sobre a atual produção de HIS no Brasil, através de aulas expositivas, da apresentação de obras referenciais e da aproximação dos alunos com a realidade analisada mediante a aplicação de algumas técnicas de avaliação em estudos de caso. Os resultados dessa experiência têm demonstrado que a APO pode influenciar o processo de concepção projetual, especialmente no caso dos estudantes, profissionais em formação, instigando-os no desenvolvimento de soluções que visem reduzir e/ou sanar as problemáticas identificadas. PALAVRAS-CHAVE:Avaliação Pós-Ocupação; Ensino de Projeto; Habitação de Interesse Social.ABSTRACT: The relevance of Post-Occupancy Evaluation (POE) in the achievement of more qualified architectural design has been proven by several researches in the area. Aspects related to design management process, in which POE is inserted, and yet their role in built spaces quality, especially in housing, have been widely discussed as well. Therefore a deep relationship between human behavior assessment in domestic space and housing quality as a way to increase resident's satisfaction level and improve design performance, especially for new proposals, is evidenced. In this sense, POE can contribute to Architectural Design teaching. Thus, this article discusses the importance of using POE tools as a different teaching methodology, that can be used as guiding element for design process in Design Studio disciplines, in Architecture and Urbanism bachelor degrees. For that, it presents the pedagogical experience developed in Atelier de Projeto Integrado V, which theme of investigation is social housing, taught http://dx
Este artigo apresenta um conjunto de atividades desenvolvidas em turmas de 6º ano do ensino fundamental durante as aulas de língua portuguesa, com a proposta de promover rupturas epistemológicas na compreensão das crianças sobre cultura, estética e história africanas. Para tanto, utiliza como referenciais analíticos as produções das crianças, além de uma revisão teórica do campo das práticas pedagógicas e dos marcos legais que fundamentam a educação das relações étnico-raciais no Brasil. As modificações curriculares (ainda em curso) demandadas pela aprovação de um conjunto de leis, resoluções e diretrizes que fomentam o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação brasileira têm sido produzidas em campos de tensões, negociações e muitas vezes rupturas epistêmicas. Soma-se a forte tendência de conteúdos e práticas pedagógicas eurocêntricos, influenciados por um padrão de poder que emergiu como resultado do colonialismo moderno, a colonialidade. O que as práticas aqui descritas revelaram é que os limites ainda são muitos diante da força da colonialidade. O desafio que se apresenta à escola é, portanto, pensar outras possibilidades pedagógicas para subverter tal colonialidade e avançar na construção de um ensino fundamentado no reconhecimento de que a produção intelectual, política, cultural e social africana e afro-brasileira é necessária à formação escolar da população brasileira.
Este artigo tem o objetivo de explorar conceitos e pesquisas oriundos dos estudos críticos sobre relações étnico-raciais (em especial das Ciências Sociais) e verificar como eles podem ser mobilizados no campo da Educação. A análise parte da discussão dos conceitos de raça e racismo para analisar os conceitos de: racismo institucional; racialização; preconceito racial de origem e preconceito racial de marca. Discute a eclosão dos conceitos, as proposições de autoras/es que os formularam, as disputas e contradições apresentadas na literatura sobre seu uso, suas potencialidades ou limites para a pesquisa no campo da educação. Conclui que os conceitos de racismo institucional e de racialização são ferramentas conceituais consistentes e bastante relevantes para a pesquisa em educação das relações étnico-raciais no Brasil. Em relação ao “preconceito racial de origem” e “preconceito racial de marca”, sua análise auxilia na compreensão dos processos de construção e algumas especificidades do racismo no Brasil.
Resumo: Neste ensaio propomos evidenciar experiências de crianças pretas em pesquisas acadêmicas e na literatura infantil. Tomando suas vozes como referenciais para a efetiva educação das relações étnico-raciais, discutimos sobre discursos produzidos no ambiente escolar, sendo muitos deles reificadores de estereótipos. Em contraponto, na literatura infantil selecionada, suas vozes acionam novos sentidos acerca de suas trajetórias. Assim, aspectos da formação docente são apontados, com destaque especial à necessidade de uma educação literária que contemple a diversidade étnico-racial. É uma aposta no entrelaçamento de vozes para que possamos esperançar histórias mais cheias de vida às todas as crianças, como projeto de uma educação antirracista.
RESUMOEste artigo reúne a síntese dos resultados de pesquisas sobre a produção literária infantil e juvenil na dimensão das relações étnico-raciais. Foram ao todo 13 estudos em nível de mestrado e doutorado, captados no levantamento para o projeto "Educação das Relações Étnico-Raciais: o estado da arte". Trata-se de pesquisas da pós-graduação em Educação, desenvolvidas entre os anos 2003 a 2014. Por meio da análise predominantemente qualitativa, foi possível estabelecer duas categorias: a "análise literária", reunindo os estudos que investigaram uma ou mais obras de um mesmo autor e cuja característica em comum é a interface com contextos históricos e sociológicos, em especial do passado; e a "escolarização da literatura", agrupando as pesquisas que, no contexto escolar, investigaram a presença, leitura e interpretação de obras literárias infantis e juvenis. Desta segunda categoria, novas subdivisões foram definidas a partir de elementos característicos próprios. Os dados quantitativos possibilitaram identificar os locais predominantes de produção acadêmica com tais temáticas, bem como os anos mais produtivos no campo. Via de regra, os estudos indicaram um consenso sobre mudanças, ainda que diminutas, na representação de personagens negras a partir de publicações literárias mais recentes, embora negras e negros ainda sejam minoria como personagens no universo literário infantil e juvenil de modo geral. E entre 1 Este artigo é parte do resultado da pesquisa que compôs o projeto "Educação das Relações Étnico-Raciais: o estado da arte", financiado
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