O morango é originário do cruzamento natural de espécies provenientes da América do Norte (Fragaria virginiana) e do Chile (Fragaria chiloenses), sendo este pertencente à família das Rosáceas e gênero Fragaria. A introdução do cultivo do morangueiro no Brasil ocorreu por volta da década de 1950, no sul do estado de Minas Gerais (Moretti, 2008), expandindose em diferentes tipos de climas e solos até sua chegada ao Distrito Federal (DF). A inserção dessa cultura no DF obteve sucesso em razão da altitude da região (em torno de 1.000 m) e das condições climáticas, em que ocorrem temperaturas mais altas no verão seguido de um inverno ameno e seco, que favorece a floração, frutificação e qualidade dos frutos (Henz, 2010). Em 2010, a produção foi de 5 mil toneladas, com uma produtividade de 40 t ha-1 (Costa & Queiroz, 2010). No mesmo ano foram cultivados 70 ha de morango na região de Brazlândia, sendo necessário cerca de 5 milhões de mudas. Segundo dados da Festa do Morango de Brasília (2010), grande parte da produção local é exportada para Estados próximos, como Goiás, Tocantins, Maranhão e Piauí. A comercialização de morangos no estado in natura responde por cerca de 90% do Diagnóstico da cadeia produtiva do morango dos agricultores familiares do Distrito Federal
A comercialização com vista à melhoria das condições de vida é um desafio a ser enfrentado pelos agricultores familiares, particularmente pelos assentados da reforma agrária. Este trabalho busca averiguar se diferentes perfis produtivos e comerciais implicam alterações nos níveis dos capitais natural, financeiro, humano e social dos assentados da reforma agrária do Distrito Federal - DF. A pesquisa envolveu 156 assentados de 11 assentamentos. Os comportamentos relativos à produção e à comercialização foram utilizados como critérios para análise de cluster. Os quatro clusters identificados foram comparados a partir dos capitais por meio do teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Os resultados revelam que, apesar de os assentados não acessarem os canais de comercialização mais significativos em termos de volume comercializado, tais como redes varejistas e Ceasa, canais alternativos como feiras, mercados institucionais e comunidades que sustentam a agricultura - CSA têm oportunizado aos assentados melhoraria de suas bases de recursos materiais e sociais. Esses resultados evidenciam a importância dos canais curtos de comercialização para o desenvolvimento dos assentamentos da reforma agrária do DF.
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