ResumoObjetivo: Identificar os principais fatores associados a quedas e fraturas de fêmur em idosos. Métodos: Trata-se de estudo caso-controle (um grupo de casos e dois grupos controle) na proporção de 1:1:1, em que foram estudados 135 indivíduos com idade ≥60 anos, pareados por sexo, no período de 2005 a 2012. Os dados foram coletados por meio de entrevistas nos domicílios dos participantes, e realizou-se levantamento de informações em prontuários. Para análise das diferenças entre proporções e médias entre os grupos, empregaram-se o teste qui-quadrado e o teste t Student, respectivamente. Para o estudo da associação entre variáveis, foram realizadas análises univariadas e multivariadas empregando-se regressão logística. Como medida de efeito, foram empregados odds ratio (OR) e seu intervalo de confiança a 95% (IC95%). Em todas as análises, considerou-se um nível de significância de 5%. Resultados: Após análise multivariada, os fatores de proteção contra fratura de fêmur foram: ouvir bem e possuir corrimão nas escadas de suas residências. Os fatores de risco para fratura de fêmur foram: hipertensão arterial sistêmica, sedentarismo e possuir superfície escorregadia na residência. Os fatores de proteção para queda foram: possuir corrimão nas escadas de suas residências, ser portador de osteoporose e depressão. O fator de risco de queda foi o sedentarismo. Conclusão: As fraturas de fêmur representam importante fator de morbidade em idosos. Conhecer os fatores de risco para fraturas pós-queda em idosos é essencial para o planejamento de ações individuais e coletivas voltadas à prevenção deste agravo e suas consequências. Atividades físicas, planos terapêuticos mais adequados e correção de inadequações nos domicílios desses indivíduos devem ser orientados e incentivados. Palavras
Fraturas de fêmur em pessoas com idade igual ou superior a 60 anos (idosos) representam um grande impacto para a saúde pública, e estão associadas à elevada morbimortalidade e grandes custos socioeconômicos. Buscou-se descrever temporal e espacialmente os casos de fratura de fêmur em idosos de todas as regiões do país, por sexo, em um período de cinco anos. Foram realizadas descrições de série temporal e espacial bayesiana, baseadas em dados obtidos do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), empregando modelo de regressão de Poisson, sobre os casos ocorridos entre os anos de 2008-2012. No período estudado ocorreram mais de 181 mil casos de fratura de fêmur, predominando o sexo feminino, sem correlações espaciais e diferenças temporais importantes. Apesar de não se observar predomínio de comportamento temporal e espacial, o número de casos de fratura de fêmur no Brasil é alto e com grandes custos financeiros e sociais. Políticas públicas de saúde visando a controlar os fatores predisponentes para esse evento devem ser urgentemente implementadas.
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