Buscamos compreender neste artigo os efeitos de sentido construídos em duas metáforas visuais presentes em dois foto livros do artista Miguel Rio Branco. A primeira obra se apresenta como uma associação de duas imagens (um díptico), enquanto a segunda obra a ser analisada é uma imagem única. O referencial teórico utilizado busca auxiliar a investigação dessas duas obras enquanto metáforas visuais e é composto pelos estudos semióticos, a pesquisa sobre retórica visual do Groupe µ (1994) e pelas considerações do filósofo da arte Richard Wollheim (2002) sobre a metáfora pictórica. Desse modo, percorremos um caminho no qual as duas obras analisadas indicam dois modos diversos de produção de metáforas visuais e exploramos os efeitos de sentido construídos em cada uma delas.
Exposição e significação: uma análise sobre os retratos de prisioneiros do Camboja | Daniela Bracchi Resumo: este artigo busca discutir as diferenças nos modos de exibição de fotografias como produção de formas distintas de compreensão das imagens. O exemplo dos retratos de prisioneiros políticos do Camboja é o ponto de partida para se compreender que as escolhas expográficas relativas a essas imagens podem valorizá-las tanto do ponto de vista estético quanto político. Apresenta-se, portanto, diferentes níveis de análise que organizam melhor a reflexão sobre o sentido das imagens em seu contexto expográfico.
Palavras-chave: fotografia; retrato; níveis de análise; semiótica.Abstract: this article discusses the differences in photo exhibitions as production of different ways of understanding the images. The example of the portraits of political prisoners in Cambodia is the starting point for understanding that the exhibition choices relating to these images can value them in a political and artistic sense. Is presented therefore different levels of analysis that organize best the reflection on the image analysis and its expographic context.
Este trabalho parte da análise plástica de retratos de indígenas realizados pela fotógrafa Claudia Andujar, de forma a explorar o sentido dessas imagens ao longo do tempo em seu percurso em diferentes suportes e contextos de exposição. O objetivo do trabalho apresenta-se como a análise da variedade de modos pelos quais esses retratos circulam e firmam-se como pertencentes a práticas interpretativas distintas. Para tal investigação, a metodologia utilizada é a análise dos níveis de significação propostos por Fontanille em sua pesquisa sobre as práticas semióticas e, mais diretamente, os desdobramentos realizados por Dondero & Basso Fossali ao proporem uma Semiótica da Fotografia. A análise atinge, principalmente, a conclusão sobre importantes mudanças no modo de interpretação dessas imagens no fotolivro e nas exposições, uma vez que se apresenta constantemente a tensão entre a apreensão dessas fotos enquanto documento e sua inscrição no âmbito artístico.
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Este artigo tem como objetivo identificar quais sentidos são produzidos, negociados e tensionados na performance pop da cantora Michelle Melo, mais especificamente na construção de sua imagem por meio do corpo e do figurino. Conhecida no cenário brega-pop dos subúrbios recifenses, Michelle agencia múltiplas referências na construção de uma imagem pública de força e sensualidade para seu público consumidor, tornando-se personagem emblemática a ilustrar dilemas próprios às condições de vida e aos anseios de sua camada social.
Examinamos neste artigo duas perspectivas que podem ser empregadas para a compreensão dos fotolivros e as discutimos em relação às publicações que tratam da fotopintura e do álbum de família. Enquanto o ponto de vista da visualidade interroga a forma visível do retrato pintado em continuidade com outras linguagens artísticas, o entendimento das práticas sociais que estabelecem os usos e circulação das imagens dos álbuns da família faz parte de uma abordagem potente para nos aproximarmos desses materiais.
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